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Enviada em: 29/06/2017

O Livro " O Guarani " de José de Alencar é um dos clássicos da fase indianista do período conhecido como Romantismo. Nele, a figura do nativo era retratada de forma heroica e idealizada, demonstrando os sentimentos de admiração da época.  No entanto, fora da ficção tal situação parece ter invertido no Brasil. Isso se evidencia, não só na ineficiência dos mecanismos de proteção, mas também no preconceito que eles enfrentam atualmente.     Ainda que haja a Declaração Universal sobre os Povos Indígenas, é notório que esses não são efetivos. Prova disso está no não cumprimento das medidas impostas. A começar pela dificuldade no reconhecimento das terras pela justiça, tendo em vista que os processos estão se tornando cada vez mais complicados, e quando são aceitos, inúmeras atrocidades são cometidas por aqueles insatisfeitos com a decisão, resultado em mortes por envenenamento e queimadas. Ademais, as reservas indígenas, até então protegidas pela declaração, encontram-se submetidas a constantes explorações ilegais, isso quando não são ocupadas por fazendeiros e agricultores, prejudicando consequentemente a fonte de sustento desses povos.       Além disso, o desrespeito tem ido além da mata, e atingido a sociedade por meio de pensamentos etnocêntricos. Isso porque, muitas pessoas consideram que a cultura dos índios são inferiores às suas, alegando que os costumes desses não deveriam ser considerados como parte do país, gerando, até mesmo, o esquecimento da identidade de determinados grupos, como ocorrido em diversas tribos brasileiras. Nesse sentido, a incompreensão dos valores sócio-culturais, expressa-se através da discriminação e opressão, resultando em diversas vitimas. Dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), revela um aumento de 20% na morte de nativos desde a ultima década.      Fica claro, portanto, a necessidade de resgatar a valorização dos primeiros habitantes do país. Para isso, é fundamental que o Ministério da Justiça intensifique a fiscalização rigorosa do cumprimento dos leis de proteção ao índio, erradicando os impasses enfrentados por esses. Em consonância, cabe ao Ministério da Educação, promover palestras e campanhas divulgadas nas mídias, incentivando o respeito e a tolerância com as diferenças. Ainda mais, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) deve implantar as relíquias e hábitos nativos  como patrimônios brasileiros, mostrando a importância desses povos, evitando que sejam esquecidos. Quem sabe assim, se tenha reconhecimento, assim como no livro de José de Alencar. O gaurani de José de Alencar Direitos desrespeitado Emile Durkhein, a sociedade comparada a um corpo biologico