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Enviada em: 28/06/2017

Índio: além do cocar.    A visão positivista da história relata o descobrimento do Brasil, no século XVI, do ponto de vista do homem europeu, em que ele, sendo superior, faz um favor aos povos descobertos, colonizando-os. Os índios foram explorados, tiraram suas terras e impuseram uma nova cultura. Apesar de todas as imposições presentes, eles resistem até hoje, mesmo ainda sendo desrespeitados.    À vista disso, infere-se que a questão indígena, atual, ocorre principalmente devido ao descobrimento generalizado acerca da cultura desses povos nativos. Indubitavelmente, a educação falha quando ignora a história e os comportamentos de determinados grupos sociais. Diante da ausência desses conteúdos a imagem do índio se torna cada vez mais fantasiosa e distante da realidade de suas lutas. Nesse sentido, embora a visão proposta pela geração romântica indianista tenha sido superada, na qual o índio é um herói idealizado - Iracema e Peri -, estereótipos ainda persistem e é justamente tal abordagem que nos afasta de um cenário inclusivo para esses povos.    Ademais, é notável destacar também a dificuldade de demarcar as terras para essa população , devido ao crescimento do agronegócio brasileiro. Isso porque as áreas de interesse dos empresários são terras que a muitos anos pertencem aos indígenas e mesmo assim são invadidas em prol da economia. A região Norte, por exemplo, é um  território cobiçado pelos produtores, e é justamente a área com maior concentração de índios, que por lei têm direito do usufruto exclusivo sobre as terras que tradicionalmente ocupam. Karl Marx já relatou como o lucro influencia as relações sociais, sendo ele o objetivo almejado, os valores morais passam a se desgastar, e é isso que vem acontecendo no Brasil desde a colonização.    Compelem, portanto, ações mutuas entre o Governo e a escola, a fim de reverter os fatos supracitados. Para tanto, a escola deve organizar palestras, convidando os índios a visitar a instituição, com intuito de falar sobre sua cultura, para que, assim, crianças e adolescentes os entendam e respeitem. Além disso, compete ao Governo fortalecer instituições que protegem os direitos e a cultura indígena, como a FUNAI, por intermédio de investimentos financeiros. Para tanto, o Governo ainda pode atuar fiscalizando territórios indígenas, com objetivo de proteger esses povos e garantir vida digna. Destarte, o país poderá colher frutos da tolerância e todos poderão viver melhor.