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Enviada em: 07/07/2017

Legados à uma visão eurocêntrica, o índio brasileiro esteve pelos recônditos da História do Brasil nos meados do século XVI. Infelizmente, apesar de muitas leis e órgãos legitimarem os direitos dos povos indígenas, atualmente há, ainda, os vestígios dessa triste conjuntura de segregação social. Vários são aspectos que corrobaram para essa realidade, principalmente os de cunho lucrativo como a exploração de terras e a de invisibilidade.      O Brasil possui uma riqueza natural bastante cobiçada, especialmente, a das reservas indígenas distribuídas em boa parte do país, segundo os dados do IBGE. Em consequência disso, surgem as disputas entre esses povos e os fazendeiros, manufatureiros, garimpeiros  do entorno. Estes pela exploração e extração de recursos ilegais e aqueles pela subsistência. Nesse conflito, na maioria das vezes, os resultados são trágicos e muitos índios são brutalmente mortos; é o caso do Massacre de Haximu, quando um grupo de pelos menos 16 índios foi morto por garimpeiros em Roraima.        Além da luta pelas terras, outro aspecto não menos relevante refere-se à falta de visibilidade dos nativos brasileiros. Se no século passado eles eram vistos como mão de obra barata e servil, atualmente lutam contra o discurso racista e preconceituoso, principalmente nos centros urbanos. Geralmente, são marginalizados na cidades e enfrentam dificuldades para conseguir emprego. Cabe, ainda, mencionar as questões culturais, as quais remotamente decorrem sob um olhar de meros primatas nus, de caras pintadas e selvagens, como se tudo isso resumisse todas as suas tradições Exemplo disso é comemoração do dia 19 de abril vivenciadas em algumas escolas, em que  as atividades alusivas reforçam ideias e imagens longínquas dos contextos atuais do índios.       Dessa forma, buscar a legitimidade e, consequentemente, dar maior visibilidade aos povos indígenas na sua plenitude torna-se então uma questão atrelada aos direitos humanos. Para tanto, os órgãos governamentais bem como a sociedade precisam se articular a fim de quebrar alguns retrógrados paradigmas. Em primeiro instância, a família e a escola têm de repassar para as crianças e jovens princípios de respeito às diferenças resguardando sempre a origem do povo brasileiro. Em segunda, os órgãos governamentais necessitam intensificar ainda mais campanhas educativas de combate à segregação desses povos para assim erradicar tais atitudes atrozes. E, por fim, fortalecer as fiscalizações em âmbito territorial para que os povos indígenas se sintam aparados pelas leis.