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Enviada em: 13/07/2017

Infinita luta              Desde a chegada dos portugueses no Brasil os índios vêm sofrendo com as consequências da tomada de posse da terra visto que, na época da colonização eles foram aculturados através da catequização e da imposição da língua portuguesa, escravizados na extração do pau-brasil e atualmente competem as áreas que vivem com a extração mineral, o agronegócio e as usinas hidrelétricas, além dos ataques que sofrem por morarem nesses locais com proveitos comerciais.       Os territórios que os nativos ocupam, de acordo com a lei, devem ser demarcados. Porém, segundo com o Conselho Indigenista Missionário, 654 deles ainda aguardam essa demarcação. Esse fato está vinculado aos interesses financeiros que essas extensões podem trazer, o que leva na disputa por essa superfície e acaba em  grande parte das vezes, embora os aborígenes possuam uma fundação que os protegem (FUNAI), na expulsão deles. Mas essa circunstância contraria o artigo 231 da Constituição que reconhece, protege e faz respeitar os direitos que eles têm sobre o solo que habitam.       É perceptível que o aculturamento e genocídio dos povos indígenas permanece até os dias de hoje uma vez que é considerada o português como língua oficial do país, sendo que existem mais de 274 idiomas entre eles, além de serem considerados selvagens por grande parte da população brasileira e receberem constantes agressões. Isso é comprovado pelo ataque, no Maranhão, que a etnia Gamela sofreu em que um dos líderes narra que queriam matá-lo. Esse exemplo segue o pensamento de José Maurício de Carvalho, "Percorremos um longo caminho, muitos anos de história do esforço para construir o cidadão brasileiro.Chegamos ao final  da jornada com a sensação desconfortável de incompletude", já que a sociedade ainda está embasada no capitalismo, em que a economia não fornece os devidos direitos e pouco privilegia as minorias, o que é nitidamente visto com os índios.        Portanto, nota-se que os brasileiros carregam uma herança dos colonizadores, que são as formas, citadas acima, como os nativos são tratados no país. Cabe ao governo demarcar todas as propriedades que tradicionalmente são deles, fiscalizar se as terras estão sob posse dos aborígenes e devolver as extensões que foram tomadas deles, pondo em prática assim o que está escrito na lei.