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Enviada em: 13/08/2017

Em 1500, na carta escrita por Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal, os índios foram descritos como pardos, todos nus e sem algo que lhes cobrisse suas vergonhas. Para se defenderem, traziam nas mãos arcos e setas. Desde então, com a chegada dos colonizadores, nada foi capaz de impedir que estes fossem "despidos" de voz, terras e identidade.       É indubitável que com a expansão da agropecuária, sobretudo na região norte, diversas tribos perderam seus territórios. Povos estão sendo dizimados devido a ambição do "homem branco", que desde os primórdios tenta se mostrar superior. Outra atividade que colabora para essa destruição é a mineração, que faz com que as terras inexploradas tornem-se cobiçadas, sendo que parte delas são habitadas pelos nativos.       De acordo com Nietzche, filósofo moderno, as relações humanas com o mundo são regidas por forças reativas, ou seja, as pessoas são submetidas à alienação e manipulação, agindo conforme o que lhes é imposto, sem iniciativa de pensamento ativo. Sendo assim, a figura de um ser com cultura inferior a nossa, que é passada para a sociedade, exige muito esforço para ser mudada. Isso também mostra que é difícil levar às pessoas, conhecimento acerca da importância do índio na formação da identidade do nosso país.       Em virtude dos fatos mencionados, diversas medidas são necessárias para resolver o impasse. Segundo o filósofo Immanuel Kant, o ser humano é o que a educação faz dele. Desse modo, o Ministério da Educação, em parceria com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e escolas, deve propiciar palestras de cunho social e informacional acerca da importância do respeito e do reconhecimento pelos índios. Cabe ao poder Legislativo, a criação de leis que visam a proteção de áreas indígenas habitadas ou não. A mídia, com a ajuda do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deve promover campanhas com o intuito de conscientizar as grandes empresas a respeito dos danos que a expansão das terras causam para alguns povos. Por fim, o Ministério da Cultura deve esclarecer que não há cultura inferior ou superior a nenhuma outra e que todas merecem ser respeitadas. Com a união dessas medidas, a problemática apresentada poderá ser, gradativamente, minimizada.