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Enviada em: 21/07/2017

Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da "modernidade líquida" criada no século anterior. Nesse contexto, a problemática sobre a questão indígena, que é resultante de fatores negativos no âmbito sociocultural, bem como na expropriação de bens desta sociedade, reflete essa realidade.       Primeiramente, o problema tem origem histórica. No ano de 1978, durante o Regime Militar, um decreto tentou transformar o índio em ser humano "civilizado". Além disso, na constituinte de 1988, houve uma busca para transformar o nativo em indivíduos "culturados". A evolução histórica dessas leis mostram reiteradas tentativas de extinção da cultura e da sociedade indígena. Desse modo, a fragilização na perspectiva errônea em trazer o índio para a condição de branco é um indicador de preconceito, além disso, cabe acrescentar que o nativo tem o direito de ser índio e de permanecer como tal.      Sob essa conjectura, de acordo com Albert Camus, escritor argelino, a justiça e liberdade devem andar juntas. Dessa forma, de modo análogo é o que precisa ser fomentado para os índios. É indiscutível os efeitos gerados pelo avanço da exploração da terra e também da água no solo de proteção indígena. Consequência disso é o aumento da expropriação, diminuição de locais extrativista para os primeiros habitantes e conflitos com diferentes atores sociais.       O combate à liquidez citada anteriormente, a fim de conter o avanço do preconceito e da retirada de direitos dos índios, deve tornar-se efetivo, uma vez que representa um retrocesso. Assim, o Legislativo, através de leis, deve transformar os direitos indígenas em cláusula pétrea com intuito de evitar mudanças prejudiciais. Além disso, a FUNAI, com seu poder fiscalizatório, deve proteger as terras indígenas de grileiros e posseiros. Por fim, urge que a mídia, através de campanhas televisivas, fomente o respeito e proteção dos índios, reduzindo, assim, o preconceito.