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Enviada em: 22/07/2017

Os indígenas foram importantes personagens na história brasileira, mas toda sua narrativa nesse contexto sempre foi árdua. Ainda hoje, é evidente a permanência do pensamento progressista colonizador com as discriminações e injustiças sociais que os povos nativos sofrem em relação às suas crenças, terras, cultura e comportamento. Tendo em vista que a mesma situação ocorria no Brasil Colônia séculos atrás, torna-se necessário que a nação passe a reconhecer e a valorizar os personagens marcantes de sua história.   Durante o século XVI, no decorrer da colonização do Brasil, havia a predominância do pensamento eurocêntrico progressista em relação aos nativos dessas terras, considerados então como atrasados e menos evoluídos por suas vestimentas, hábitos e comportamentos. No século XXI, é notável a presença desse pensamento enraizado na sociedade, fato evidenciado pelas constantes lutas sociais entre os indígenas e a própria população brasileira. A invasão de terras indígenas, o julgamento de suas crenças e costumes e o fato de os índios estarem se adaptando à contemporaneidade, estudando em escolas e universidades por exemplo, são fatos que demonstram a atuação dessa forma de pensar tal qual ocorria no período colonizador.   Não obstante, o agravamento dessa situação ultrapassa o âmbito cultural de progresso e atraso, e toma proporções sociais quando os povos indígenas se tornam ameaçados pelo avanço de latifundiários produtores sobre suas terras. Além disso, a cultura indígena, amplamente difundida no cotidiano dos brasileiros, seja por meio de remédios naturais, alimentos como a mandioca e até mesmo por cidades cujo nome provém de línguas nativas, como o tupi-guarani, torna-se desvalorizada.   Por tudo isso, é preciso que haja a substituição dessa retrógrada forma de pensar e agir, por uma que busque o real progresso da sociedade. Para tal, é preciso que em um primeiro momento, o Governo Federal impossibilite o avanço de produtores sobre as terras indígenas, para que eles tenham condições de vida. Ademais, tanto o Poder Executivo quanto o Legislativo devem criar e aplicar leis de proteção a aldeias e tribos nativas, para garantir sua sobrevivência. Posteriormente, a mídia pode, através de propagandas televisivas e virtuais, atuar na valorização da cultura indígena e, em conjunto com ONG's, trabalharem na conscientização da sociedade brasileira, para que esta ajude na luta social, dando voz e reconhecimento aos povos nativos. Quem sabe assim, a nação valorize sua história de forma a abandonar o pensamento colonizador e buscar o real progresso de sua sociedade.