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Enviada em: 24/07/2017

"Dá-me a parte que me cabe deste latifúndio."       Os povos indígenas desempenharam papel crucial na formação da cultura brasileira, conferindo-lhe diversos traços que marcaram o processo de miscigenação. Entretanto, mesmo com a importância desses povos para o país, estes acabam sofrendo com a chegada do progresso, que ameaça suas terras e sua sobrevivência. Diante disso, a situação do índio deve ser discutida pela sociedade.       Nesse contexto, o agronegócio é um dos principais fatores que ameaça os povos indígenas, uma vez que, a expansão das atividades agrícolas demandam, cada vez mais, maiores extensões territoriais. E, na maioria das vezes, essas terras estão ocupadas pelos índios, haja visto que, são garantidas por lei e destinadas à sobrevivência de diversas comunidades indígenas. Esse fato acaba gerando conflito entre índios e latifundiários.        Ainda nesse viés, vale salientar a mudança nas regras para a demarcação de terras indígenas, que diminui os poderes da Fundação Nacional do Índio, isto é, com essas mudanças, um novo grupo será responsável por analisar o processo de marcação, podendo também reanalisar as demarcações já feitas pelas FUNAI. Essas mudanças também contribuem para o acirramento de conflitos entre latifundiários e índios. Este último, na maioria das vezes, se vê abandonado pelo Estado, "entregues a própria sorte".        Em suma, o índio sofre com a chegada do progresso e com os conflitos causados por este. Para amenizar tal situação, é necessário que o Estado amplie as leis de proteção às terras e aos povos indígenas, e principalmente aplique fiscalização rígida para que estas não sejam infringidas. Outrossim, é preciso também que o Estado amplie as políticas públicas, garantindo aos índios condições dignas de vida. E, por fim, é necessário reforçar e ampliar o papel da FUNAI, como principal órgão protetor desses povos, a fim de garantir e defender seus direitos, principalmente  aqueles no que diz respeito à terra e à sobrevivência.