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Enviada em: 30/07/2017

Já afirmava Claude Lévi-Strauss: "O mundo começou sem o homem e poderá acabar sem ele", nessa perspectiva a sociedade presencia um paradoxo entre preconceito e igualdade. Na colonização da América Latina, a força espanhola utilizou para o trabalho de mineração, mão de obra indígena, dizimando grande parcela de seu povo. Nesse contexto, surge a problemática do índio na atualidade, persistindo, ligada intrinsecamente ao pensamento humano, seja pela lenta mudança na mentalidade social, seja pela imparcialidade governamental.     É indubitável que a questão governamental seja fator súpero sustentáculo da problemática. Para Aristóteles, a política por intermédio da justiça deveria corroborar para a harmonia do indivíduo e da sociedade. De forma análoga, tal pensamento aristotélico é rompido, haja vista que,  a violência física e verbal ocasionada pelo egocentrismo racial, está presente em território nacional. Não obstante, sem muita atenção estatal, os casos se agravam, sendo que as vítimas tenebrosas não procuram auxílio.      Outrossim, a lenta mudança na mentalidade social atrela-se ao paradoxo. Para Durkheim o fato social é um acontecimento coercivo, generalizado e que se repete ao longo dos anos. Nesse âmbito, a ideologia vinculado ao índio ainda é de um ser inferior, acarretando assim, além do preconceito com o próprio indivíduo, ações de posse, para com sua cultura, sua propriedade, sua dignidade. Contudo, a colonização espanhola ainda vigora, mas com novos colonizadores, e novos modos de opressão.          Infere, portanto, a necessidade de mudanças governamentais e sociais.O Poder Legislativo deve tornar mais rigorosa a Constituição, com penas mais severas para com o preconceito e a violência, amparando os povos indígenas. O Poder Executivo, concomitantemente, deve proteger as reservas indígenas, de fazendeiros, extrativistas e mineradores. Em conjunção, ações de cunho educacional social devem ser implantadas, para a extinção do egocentrismo racial. Desse modo, paulatinamente, o fato social de outrora terá seu fim, vigorando o equilíbrio aristotélico.