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Enviada em: 04/08/2017

A cultura indígena é uma das raízes da cultura do povo brasileiro. Apesar disso, ao contrário do que foi mostrado no século XIX, com a fase indianista do Romantismo, na qual a figura do índio era idealizada, este povo, nos dias atuais, infelizmente, enfrenta desafios como a negligência, marginalização e esquecimento.  Esses desafios enfrentados por muitos povos indígenas têm origem histórica. Desde o século XVI, esses são discriminados e subalternizados, sendo obrigados a aceitar a imposição do eurocentrismo. Além disso, seus direitos só foram teoricamente assegurados ao final do século XX, em 1988, com a Constituição Cidadã - que, enfim, previu o direito dos índios sobre as terras e reconhecimento de sua cidadania,- após quatro longos séculos, o que mostra a condição de negligência que se encontram.  Considerando o status de marginalização do índio, convém analisar, também, a questão da terra. Ainda que seja assegurado por lei seu acesso, a bancada ruralista contribui para que ela não seja efetivamente cumprida. A famosa PEC 215, apoiada por essa bancada, é uma prova disso, visto que esta consiste em uma tentativa de alterar as regras para a demarcação do território indígena e quilombola, atendendo aos seus interesses, que visa à expansão do agronegócio.  Diante dos fatos supracitados, fica evidente a necessidade de devolver ao índio sua voz, sua terra e, principalmente, sua identidade. Para tal, o Governo deveria impedir que o agronegócio invada seu território, aumentando a fiscalização e punindo, por meio de multas, os fazendeiros que desrespeitassem a lei. Uma vez realizado esse processo, fica mais fácil escolas e ONGs difundirem sua cultura e mostrar sua importância, por meio de campanhas e adição de aulas sobre a cultura indígena na grade curricular dos alunos para que, assim, exista uma sociedade mais empática.