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Enviada em: 04/10/2018

Conforme o lema positivista exibido na bandeira nacional, que entende-se pela defesa de uma sociedade que só progride quando o exercício da ordem é imperativo, torna-se questionável qual o limite do seguimento dessa corrente, visto que os casos de escândalos relacionados à falta de ética, até mesmo de autoridades, são questionáveis. Hoje, embora a definição de democracia no país seja difundida em questões de liberdade, igualdade, equidade e justiça, os indivíduos que aqui se inserem demonstram pouco compreender sobre o tema.   Logo no período colonial, o Brasil contou com um modelo político baseado na obtenção de vantagens, quando originou-se um sistema corrupto, vinculado aos interesses de uma minoria. Desse modo, claramente a corrupção é um empecilho histórico da nação e, principalmente, nega o princípio instaurado pelo positivismo do progresso através da ordem, ratificando o pensamento do filósofo Thomas Hobbes quando diz que o homem é o lobo do homem.   Não obstante, os princípios democráticos estabelecidos na Constituição atual, demonstram uma sensação ilusória de que as escolhas são absolutamente autônomas e desprovidas de uma supervisão. Logo, o prático modo de obter respostas imediatas ocasiona o denominado "jeitinho brasileiro", que é visto em proposições cotidianas como a obtenção de vantagens em situações simples, como furar filas, suborno em colégios ou a compra de habilitações. Dessa forma, é cabível afirmar que, segundo Immanuel Kant, "o homem é aquilo que a educação faz dele".   Em vista dos argumentos apresentados, é necessário que o Ministério da Educação insira uma matéria obrigatória desde o ensino básico para que as crianças aprendam sobre sua Constituição, a fim de situar os alunos sobre os direitos e deveres da população; que o Ministério da Cultura interfira em locais mais necessitados, dando oportunidade àqueles que são sujeitos a uma marginalização, disponibilizando cartões que sirvam como um vale cultural, para que tenham acesso à cultura e conhecimentos éticos