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Enviada em: 15/11/2018

Fuga do comportamento ético e sua inserção no coletivo       Desde a organização social humana, bem como sua sedentarização no período Neolítico da Pré-História, certos padrões comportamentais foram estabelecidos, a fim de garantir a harmonia e a integridade da sociedade. Tais padrões possuíam base em ensinamentos, muitas vezes provenientes da Igreja, os quais regiam o modo de se comportar no coletivo. Atualmente, os princípios básicos para o convívio entre pessoas inseriram-se no termo ética, a qual abrange todos os indivíduos.       No entanto, é sabido que uma parte da população não segue fielmente a ética, o que resulta em atrocidades cabíveis de punições. A partir disso, é possível citar como exemplo o atual panorama político do Brasil, marcado por escândalos de corrupção, considerado um grande ato anti-ético, uma vez que quebra o acordo firmado entre os políticos e o povo, os quais confiaram a esses o gerenciamento da nação, ao passo que  os corruptos desviam fundos sociais para benefício próprio, o que, segundo a ética vigente, é errado e, como dito, resulta em punição.       Nesse viés, é possível relacionar o comportamento distorcido de uma parcela dos cidadãos com o pensamento do filósofo Jean Jacques Rousseau, o qual era baseado na ideia de que o homem nasce bom e é corrompido pela sociedade. Desta forma, ao inserir-se em uma esfera social, o indivíduo procura adaptar-se a ela, o que, caso essa esfera apresentar comportamento indevido, o mesmo tende a adquiri-lo, fugindo da ética padrão.        A partir da análise dos fatos supracitados é possível concluir que, através da ideia dita anteriormente, o desvio comportamental, ou seja, anti-ético, insere-se de forma inerte em certos grupos sociais, ao passo que tais esferas recebem inúmeros indivíduos, porém a essência da mesma é mantida, repassando o padrão para as novas gerações. A fim de erradicar os problemas éticos e buscar estabelecer a ética e a moral na sociedade, acredita-se que as Instituições sociais primárias, como a família e a escola, devem incentivar o indivíduo a agir de acordo com o que é certo ou ético, através da educação e da transmissão do modo de agir correto, devido a elevada experiência dos pais e professores neste quesito.