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Enviada em: 29/04/2018

Utopia do brasileiro armado John Locke, filósofo contratualista, defendia a ideia de que o homem inicialmente vivia em um estado de natureza em que cada indivíduo fazia suas próprias regras e aplicava penalidades a quem não as cumpria como bem entendia, com suas próprias mãos, era uma guerra de todos contra todos em que o Estado surgiu para assegurar a vida aos cidadãos. De forma análoga, a legalização do porte de armas no Brasil acarretaria em um sério problema de segurança pública, causada tanto pela imaturidade da consciência da maioria do povo, quanto pelos altíssimos índices de usuários de drogas nos grandes centros. Em primeiro plano, vale ressaltar que o brasileiro tem fama de ter a "cabeça quente", de não aceitar opiniões divergentes e querer fazer "justiça" com as próprias mãos, envolvendo-se frequentemente em brigas de transito, de bar e de torcidas organizadas que só não tiram mais vidas por conta de dificuldade de um cidadão comum ter acesso à armamentos. Prova disso foi uma briga entre torcedores do Corinthians e Palmeiras, que terminou com uma pessoa esfaqueada; certamente, se aquelas pessoas estivessem armadas, o número de mortos e feridos seria bem maior . Em contrapartida, há quem defenda a legalização com o argumento de que países como a Alemanha, Áustria e Suécia o número de homicídios é mínimo, mesmo diante ao grande número de armas por cidadão, enquanto Honduras, o contrário acontece: poucas armas e muitos assassinatos. Entretanto, essas pessoas não levam em consideração que o processo histórico-cultural e os problemas socioeconômicos desses países e do nosso são completamente distintos. Por exemplo, no Brasil, problemas como o da presença da cracolândia seriam acentuados, uma vez que usuários se armariam muito mais facilmente e seus pequenos furtos para manterem o vício, muitas vezes realizados sob efeitos de drogas, aumentaria muito mais o índice de violência, principalmente em regiões mais pobres, como em favelas, que já enfrentam o problema de que grandes traficantes, ilegalmente, tem acesso à armas e fazem o terror nessas regiões. As medidas à favor do desarmamento no Brasil, portanto, devem ser conservadas e o governo deve deter-se em desarmar o tráfico. Logo, devem-se adotar em conjunto ao Ministério da Segurança e as Forças Armadas, medidas de proteção das fronteiras, com mais soldados fiscalizando o que entra e sai do país rigorosamente, para que o número de armas ilegais que entram no país diminua drasticamente e não viver-se mais no Brasil sob o risco de um novo estado de guerra.