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Enviada em: 21/05/2018

O debate sobre a legalização do porte de armas é guiado por estatísticas. Representantes de ambas posições usam-as em argumentos utilitaristas - aqueles que defendem uma posição porque essa seria a melhor maneira de resolver um problema, independente do que ela em si sugira. Esse comportamento é problemático por ser relativista e estagnar o debate do tema.   Os defensores do porte afirmam que sua existência diminui o crime e aumenta a segurança. Os opositores dizem exatamente o contrário, e ambos lados tem dados para corroborar suas teses. Assim, o debate se torna improdutivo e a única maneira de avançar é abandonar o utilitarismo relativístico e se guiar pela ética. A pergunta é: existe algum preceito ético que garante, ou não, o direito de alguém portar uma arma? A resposta é sim.   A constituição assegura o direito a propriedade privada. Sendo assim, um indivíduo pode possuir casas, carros, dinheiro e qualquer coisa que não seja de outro indivíduo. Assim, como ele é dono delas, a decisão de como suas posses serão usadas é apenas dele, enquanto que tentar regular isso não é ético porque ninguém mais pode controlar propriedade fora seu dono. Portanto, um indivíduo pode decidir usar seus recursos para comprar ou vender armas de fogo, assim, a posse é ética.   A lógica ética não é frenquentemente usada e por isso pode assustar inicialmente. Mas ela deve ser valorizada por ser universal e útil para resolver muitos debates. É papel do Estado, no entanto, ensinar a responsabilidade existente quando se porta uma arma, além de das medidas de segurança necessárias para uso adequado.