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Enviada em: 21/05/2018

O debate sobre o armamento da população sempre leva à uma discussão dicotômica em que os prós e os contras são postos na balança. Embora boa parte dos brasileiros tenham votado a favor do armamento em uma consulta pública, de acordo com o Senado Federal, ainda há aqueles que são contra. Nesse contexto, deve analisar como as vantagens e as refutações ao Estatuto do Desarmamento influenciam na problemática.               O princípio defendido por Locke, o liberalismo, também é defendido por aqueles que querem o armamento. Sem dúvidas, o direito e a liberdade individual do cidadão não devem ser questões a serem tomadas pelo Estado, tornando a arma como direito de todos possuírem-na. Além do mais, a alta taxa de criminalidade e violência no Brasil assustam os moradores, os quais anseiam pela autodefesa. É evidente que o Estatuto apenas tirou a defesa do cidadão, mas não o ataque de criminoso, pois as armas ilegais sempre estarão disponíveis para os bandidos. Tal aspecto é notório no filme Cidade dos Homens em que mostra a violência brutal diária e alinha tênue entre a criminalidade e o fácil acesso às armas de fogo. Por consequência disso, a demanda por armas pela população se torna mais assídua.            Todavia, nota-se que os que vão de encontro ao porte se justificam pelo despreparo físico e emocional do condutor da arma. Isso ocorre porque o ser humano age pelo impulso, pelo "calor" do momento. Desde a Era Paleolítica, o lado emocional do homem sempre foi mais atuante que a lado racional, devido à caça e ao instinto de sobrevivência, resultando em  atitudes trágicas. Certamente, caso o seu manuseio seja inadequado, o cidadão  deve ser punido, o que, infelizmente, não ocorre no Brasil, pois a palavra "justiça" carece no dicionário brasileiro. Com isso, o número de homicídios doloso e até mesmo culposo aumentarão.              Torna-se evidente, portanto, que a questão do desarmamento é relativa aos olhos dos que julgam. Em razão disso, para os favoráveis ao porte, o que devem haver são medidas educativas em como usa-lá racionalmente, o Ministério da Educação em parceria com os meios midiáticos devem apresentar as possíveis consequências de um mal manuseio, usando também desse meio para disseminar o hábito da empatia para que o uso de armas de fogo não seja necessária. Ademais, a Segurança Pública deve fazer a proteção dos habitantes a fim de que a autodefesa seja dispensável, habilitando mais policiais também em áreas afastadas dos centros urbanos e uma punição mais eficaz aos criminosos. Desse modo, o Brasil torna-se-á menos violento.