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Enviada em: 18/06/2018

Com o advento da urbanização, a desigualdade social e a violência, fruto da marginalização de uma parcela da sociedade, aumentaram exponencialmente. Diante desse cenário, o livre porte de armas, no Brasil, têm fomentado discussões de grupos pró e contra à legalização. Os defensores têm uma falsa ideia de segurança, pois acreditam que o porte de armas traria benefícios ao bem comum. Contudo, os brasileiros carecem de informações, equilíbrio psicológico e emocional para serem detentores de armas de fogo. Logo, faz-se necessário resolver tal problemática.        O homem é o lobo do homem, frase célebre do filósofo inglês Thomas Hobbes, apresenta como significado a ideia de que os seres humanos são os maiores inimigos da natureza e, por consequência, de si próprios. Somando-se o conceito hobbesiano ao individualismo, responsável por tornar os ideais dos indivíduos suas verdades absolutas, pode-se afirmar que o porte de armas pelos cidadãos culminaria na intensificação da violência, pois os homens causariam sua autodestruição. Por exemplo, o sentimento de fazer justiça com as próprias mãos, idealizado pelos cidadãos como um feito heroico, acarretaria no assassinato de milhares de pessoas. Outrossim, os brasileiros não são cordiais, logo, o porte de armas seria, no mínimo, inseguro.             Ademais, vale mencionar que leis contra a legalização das armas de fogo no Brasil são extremamente insuficientes, uma vez que, a venda ilegal ocorre diariamente no país. Além disso, não é papel da população garantir a segurança pública impondo o combate a violência por meio do uso de armas. Consoante ao conceito de Fato Social Patológico defendido pelo sociólogo Durkheim, cada órgão do Estado apresenta determinada função para garantir o bem social. A polícia, por exemplo, é responsável por manter a ordem e combater a violência. Contudo, se essa deixa de exercer sua função, o ciclo social é comprometido. Logo, conforme defende o sociólogo, não é papel do cidadão mas sim dos órgãos públicos manter a segurança.        Por conseguinte, o porte de armas não deve ser legalizado no Brasil e, para amenizar a discussão sobre tal problemática, medidas devem ser tomadas. O Ministério da Educação e Cultura deve realizar palestras para os jovens que explicitem os riscos e os índices de violência que o porte de armas pode trazer. Ademais, a Polícia Federal precisa fiscalizar a venda e a compra ilegal de armas de fogo além de garantir a segurança aos cidadãos, para que assim, os mesmos se sintam seguros. Outrossim, o Legislativo precisa criar leis que dificultem ainda mais o acesso às armas. Por fim, o Quarto Poder deve veicular propagandas que mostrem os danos causados pelo porte de armas a fim de conscientizar a população.