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Enviada em: 23/06/2018

Hobbes, Locke e Rousseau, os filósofos contratualistas, defendiam que os cidadãos deviam abdicar da liberdade para que o Estado garantisse a segurança. Dessa forma, seria papel dos governantes garantir tal benefício. Entretanto, em contrapartida à crise do sistema de segurança pública do Brasil, surge a política do livre porte de armas, uma maneira autônoma de se proteger. Nesse contexto, tal ação não deve ser permitida, visto que a má educação e a impunidade que são os reais entraves para insegurança.       Em princípio, é necessário pontuar que muitos cidadãos não têm acesso à escolas de qualidade, empregos, saneamento básico, dentre outros recursos; o que impede o exercício da cidadania. Por este viés, tal fato é motivado pela rápida urbanização brasileira que marginalizou as classes menos favorecidas para locais sem infraestrutura(favelas), como no Rido de Janeiro. Assim, fica claro que o livre porte de armas não resolve a crise de segurança pública , visto que, com tais precariedades de formação social no país, o crime continuaria a se desenvolver.      Outrossim, é indubitável que a sensação de impunidade seja a problemática a ser resolvida, em contrapartida ao livre armamento. Nesse ínterim, por exemplo, somente 8% de 56 mil homicídios foram esclarecidos, segundo o mapa da violência, no ano de 2012. Logo, tais peculiaridades motivam o pensamento de muito brasileiros de que o cidadão deve estar armado, pois a lei não se aplica. Entretanto, resolvendo-se o impasse, tais ações são desnecessárias.         Portanto, fica claro que, para garantir a segurança pública, o porte de armas não deve ser permitido, mas investimentos sociais e investigativos. Sendo assim, os governadores devem promover metas de educação no país, por meio de reformas de escolas e valorização do professor, a fim de aumentar os níveis educacionais e trabalho qualificado. Em consonância, deve investir nas delegacias de polícia civil, por meio de mais equipamentos aos peritos, para que os crimes seja esclarecidos e elimine o pensamento de que é necessário armas para assegurar a segurança.