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Enviada em: 28/06/2018

Hobbes, Locke e Rousseau, os filósofos contratualistas, defendiam que os cidadãos deviam abdicar da liberdade para que o Estado garantisse a segurança. Dessa forma, seria papel dos governantes garantir tal benefício. Entretanto, em contrapartida à crise do sistema de segurança pública do Brasil, surge a política do livre porte de armas, uma maneira autônoma de se proteger. Nesse contexto, tal ação não deve ser permitida, visto que a sensação de impunidade é o entrave a ser debatido e aumenta a violência.      Em princípio, é necessário pontuar que a sensação de impunidade seja a problemática a ser resolvida, em contrapartida ao livre armamento. Nesse ínterim, por exemplo, somente 8% de 56 mil homicídios foram esclarecidos, segundo o mapa da violência, no ano de 2012. Logo, tais peculiaridades motivam o pensamento de muito brasileiros de que o cidadão deve estar armado, pois a lei não se aplica. Entretanto, resolvendo-se o impasse, tais ações são desnecessárias.        Outrossim, é indubitável que seria naturalizada a violência como forma de resolver no conflitos no país, visto que o Brasil já apresenta altos índices de feminicídio, homicídios por racimos e homofobia, dentre outros. Por esse viés, segundo o diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Daniel Cerqueira, o aumento de número de armas fazem com que a taxa de vítimas tenham um crescimento de até 2%. Por conseguinte, ao contrário de resolver a insegurança no Brasil, o livre porte de armas apenas agravaria o impasse, disseminaria o medo e restringiria a liberdade.       Portanto, fica claro que o armamento social não deve ser permitido e que medidas  devem ser adotadas para garantir a segurança pública no país. Para isso, os Governadores devem investir na investigação criminal , por meio de treinamentos a peritos e suporte técnico na polícia civil, a fim de aumentar a solução de delitos e diminuir a sensação de impunidade no país. Em consonância, é papel da mídia e das escolas divulgarem os malefícios do livre porte de armas, por meio de dados estatísticos e palestras, para que a sociedade não apoie tal impasse no Brasil.