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Enviada em: 02/07/2018

Nos desarmamos em plena guerra   Neste terceiro milênio, torna-se pertinente discorrer acerca da permissão do porte de armas no Brasil. Sabe-se, de acordo com o jornal O Globo, que as taxas de homicídio após a lei do desarmamento não tiveram queda proporcional a redução dos armamentos e cresceram da mesma forma após algum tempo. Evidencia-se, nesse caso, dois grandes problemas que fazem necessário o livre porte de armas: a maior vulnerabilidade pelo cidadão, sem chances contra o bandido, e o aumento do tráfico de armas.   Inicialmente, oportuno se torna mencionar a ideia de ética formulada por Aristóteles na antiguidade, em que, basicamente, era defendida como sendo o ato de seguir aquilo já estipulado para se manter em ordem a sociedade. Pelo filósofo, é anti-ético aquele que, de algum modo, se desvirtua dos deveres como cidadão. Tomando por base o exposto acima, percebe-se, na questão abordada, que o cidadão ético, ao cumprir a lei a estabelecida, acaba por sofrer mais consequências do que aqueles que não cumpriram-a. Como o decreto desarma apenas quem segue a lei, o bandido, naturalmente, se torna mais imponente dentro do meio social.   Não há como negar também, que, ao que acontece com todos os outros produtos de comercialização ilegal em um país, as consequências do desarmamento também seguem a mesma lógica: o estado torna ilegal a venda de um produto, o produto passa a ser comercializado ilegalmente,  e, por fim, cria-se ali uma nova modalidade de tráfico.    Portanto, pode-se dizer que o estatuto do desarmamento é uma medida de caráter preventivo, que não se mostrou efetivo na prática. Por isso, é necessária a ação governamental, com medidas como a intensificação no controle das fronteiras e pacificação das favelas pela Polícia Federal e Militar, respectivamente, mas, principalmente, a formulação de um novo estatuto pelo legislativo, mais flexível, para que o cidadão possa ter acesso, caso se mostre apto, a uma arma de fogo no Brasil. Nas mãos certas, o armamento pode ser um grande aliado para caos que vive o país.