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Enviada em: 14/07/2018

O aumento do índice de violência no Brasil somado à ascensão de representantes conservadores e liberais na política trouxeram como pauta a necessidade do armamento civil como forma de combate à violência. Porém, o aumento desse indicador tem como causas a falta de uma educação primária de qualidade e da pouca  autonomia que os estados e municípios possuem para a resolução de problemas locais, e isso não pode ser resolvido com armas.   Segundo o Atlas da Violência, em 2016 foram registrados 62.517 homicídios, 5% maior do que no ano anterior. A insegurança, mais do que nunca, assusta a todos, ninguém está livre de sofrer um atentado à vida. Por conta disso, muitos políticos intensificam, em tempos próximos da eleição, o discurso do armamento civil como forma de combate a violência e a aparente facilidade de resolver-se um problema tão complexo atrai muito eleitorado, mas tira o enfoque do real problema que é a falta de uma educação básica de qualidade.   Ademais, faz mister ressaltar que, a pouca autonomia dos estados e municípios para a resolução de problemas locais, provocada pelo Pacto Federativo, é um obstáculo também, pois, a concentração do dinheiro, advindas de impostos, na União e a dificuldade de municípios e estados em conseguirem essa verba, de forma justa e rápida, dificulta e atrasa politicas que combatem problemas sociais que desencadeiam a violência no nosso país como: Saneamento básico precário, problemas infraestruturais, educação básica de péssima qualidade, entre outros. Por tanto, o armamento civil como forma de combate a violência é ineficiente, pois não resolverá esses problemas.   Por conseguinte, fica evidente que a liberação das armas não ajudará o país. Destarte, é necessário que haja uma revisão do atual Pacto Federativo para um novo que concentre os impostos arrecadados nos estados e municípios dando a eles autonomia sobre o que se foi arrecadado, para que desse modo, eles possam cuidar dos problemas locais com mais facilidade e mais eficiência. Faz-se necessário, também, que o Estado priorize  investimentos no ensino básico de escolas públicas, já que ela é responsável na formação do caráter, valores e princípios morais dos educandos.