Enviada em: 09/08/2018

No Brasil muito se tem discutido sobre a liberação do porte de armas. Tal ação visa possibilitar a legítma defesa e preservar a vida. Entretanto, dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada mostram que ,da década de 80 a 2003, período que antecede ao estatuto do desarmamento, o índice de violência apenas aumentava. Frente ao exposto,analisar os riscos da democratização de um instrumento bélico é fundamental para traçar alternativas mais seguras à sociedade.   Os EUA,país com maior número de pessoas com porte de arma é também líder no ranking de homícidios ,segundo o Departamento de Justça Norte Americano. Grande parte desses assassinatos, no entanto, são oriundo de terrorismo, brigas de trânsito e crimes passionais, momentos de evidente stresse. Analogamente, a liberação de um objeto mortal,em prol da legítima defesa, é algo paradoxal, pois dependendo de quem o possua, pode causar a morte de inocentes. Dessa forma, não é razoável deixar a população a mercê de ataques advindos do desequilíbrio de outrem.   Outrossim, um dos motivos que corroboram a necessidade de estar armado é o medo do cenário perigoso no qual se vive. Contudo, visualisar em um revolver a garantia de proteção é ,indubitavelmente, uma visão equivocada, visto os inúmeros casos de policiais armados mortos ao reagirem a assaltos. Além do mais, essa ideia é imediatista, porque foca em uma medida paliativa contra a violência, cuja perpetuação se dá graças a desigualdade social e a impunidade dos crimes.    Portanto, armar a população não é mais eficaz que o investir em politicas públicas de segurança e educação. Por isso, o Governo Federal, por meio de emendas constitucionais, deve destinar à educação maiores verbas, de valores suficientes para suprir a necessidade de um ensino básico de qualidade, de modo a possibilitar a ascenção social e diminuir as desigualdades. Ademais, cabe ao Estado, garantir a integridade do cidadão, por meio de reformas ao planejamento de segurança,que incluam maior policiamento das ruas a fim,mitigar a criminalidade e impunidade.