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Enviada em: 23/10/2018

Em 1999, aconteceu o massacre a uma escola em Columbine, nos Estados Unidos. Os responsáveis pela chacina, munidos de armas de fogo, atiraram em dezenas de pessoas. No Brasil, há o Estatuto do Desarmamento, contudo, a ineficiência estatal na gestão da Segurança Pública tem trazido à tona, pela população, o pedido de sua revogação. Seguindo esta lógica, convém analisar suas causas, consequências e possível solução.    A falta de políticas efetivas para a segurança pública torna crescente a violência em território nacional. Em relatório da Organização das Nações Unidas, o Brasil foi o país com o maior número absoluto de homicídios em 2012. Nesse sentido, o anseio dos cidadãos por leis que lhes assegure o direito ao porte de armas está atrelada à insatisfação com a própria segurança, além da crença de que o controle estatal da força não seja suficiente, sendo necessária a intervenção do indivíduo na proteção de sua família. Todavia, assim como no triste caso ocorrido em Columbine, o porte de armas possibilita ações de extrema violência.    Ademais, para o filósofo Jean Paul Sartre, a violência, de qualquer tipo, é uma derrota. Nesse sentido, desde sua sanção em 2003, o ED teve impacto na preservação de mais de 160 mil vidas, segundo o Mapa da Violência. Tais dados mostram a importância do desarmamento da população, mas urge, também, a necessidade da reforma de setores como o Sistema Penal e das instituições policiais, que sofrem de sucateamento.   Dessa forma, para combater a problemática, é necessário que o Estado mantenha em vigor o ED, por meio do Poder Judiciário, e promova a melhoraria do trabalho dos órgãos policiais, dando-lhes equipamento e treinamento adequados para atuar em prol da segurança da população, mediante, por exemplo, ao aumento da presença em pontos e horários estratégicos de maior incidência de crimes. Torna-se, então, possível uma melhora na segurança sem a necessidade da inserção das armas de fogos nas casas brasileiras, corroborando para uma utilização responsável de tais objetos, e para o combate aos números de violência.