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Enviada em: 21/08/2018

A violência é um fator preocupante e velho conhecido do Brasil, que trava uma batalha antiga com o objetivo de diminuir seus índices. Uma questão que sempre vem à tona é a liberação, ou não, do porte de armas para civis, questão essa que divide opiniões e causa discussões calorosas. Afinal, a liberação do porte seria benéfica seria uma solução para o atual cenário? Quais deveriam ser os requisitos para a aquisição de uma arma? Quais efeitos colaterais de uma possível liberação?  Trata-se de um erro comum a simplificação do quadro da violência no país, visto que este envolve diversos fatores como cultura, desemprego, dependência química, entre outros. Acreditar que um ato isolado, como a liberação do porte de armas, seria a solução mágica para os problemas é um otimismo exacerbado, apesar deste ato poder gerar, sim, alguns benefícios. Levando em consideração uma possível revogação do estatuto do desarmamento, quais seriam os critérios para a aquisição de uma arma? É necessário apresentar à população um planejamento detalhado e com critérios objetivos bem definidos, para que as pessoas possam dar credibilidade à ação. Além disso, é de suma importância a apresentação dos possíveis efeitos colaterais dessa revogação e quais os planos contingenciais. A população está saturada de informações e números soltos a respeito do assunto, portanto a apresentação de ferramentas de controle, monitoramento e punição para infratores deve ser feita objetivamente. Com isso em vista, pode-se concluir que ainda existe um longo caminho a ser percorrido até a revogação, ou não, do estatuto do desarmamento. Este debate carece de propostas mais bem elaboradas e claras, além de não poder ser levado como a saída mágica para todos os problemas de violência existentes. Pelo contrário, simultaneamente a isto deve-se projetar ações sócio-econômicas que ajudarão na melhoria da qualidade de vida e consequente diminuição do cenário violento no Brasil.