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Enviada em: 15/10/2018

O Brasil é um dos países mais violentos do mundo. De acordo com a ONU, o número de homicídios cometidos ultrapassa a quantidade de mortes dos países em guerra. O clima de insegurança sofrido pela população, diante desse cenário, trouxe um anseio à medidas protetivas imediatas, como a revogação do Estatuto do Desarmamento. É, a partir desse contexto, que a reflexão sobre a eficiência de tal medida merece ser analisada.    Primeiramente, é fundamental verificar que a quantidade de civis armados não diminui a ocorrência de violência. Segundo o IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, de 2003 (ano, este, que entrou em vigor o Estatuto do Desarmamento) para 2012, o índice de homicídios decresceu. De acordo com a pesquisa, a cada 18 armas que saíram de circulação, um homicídio foi evitado. Essa apuração, então, se contrapõe a falácia de que mais armas evitariam as incidências de crimes.    Além desse fato, outra análise que merece destaque são as motivações dos homicídios cometidos na sociedade brasileira. Um secretário de segurança pública do Rio de Janeiro, conhecido como Beltrame, relatou que a maior parcela dos assassinatos são por causa de desavenças futebolísticas, traições amorosas e vinganças pessoais. Essas ocorrências mostram a banalidade dos crimes praticados no Brasil e a importância da proibição da circulação de armas.     Portanto, tendo em vista a diminuição de mortes com o Estatuto do Desarmamento, a revogação de tal medida torna-se desnecessária. O Governo do Estado deve, então, implantar medidas eficientes de segurança pública para sanar o clima de insegurança da população. Investir no estudo da violência; saber o que a ocasiona, pela Secretaria de Segurança Pública, para que, então, possa-se aplicar medidas preventivas que impeçam a reincidência do crime.