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Enviada em: 30/10/2018

Porte de armas na contemporaneidade       A discussão a respeito do livre porte de armas, no Brasil,  ganhou força na atualidade em virtude da crise da segurança pública. Todavia, o livre porte não pode ser permitido pois não cabe ao homem a responsabilidade de sua própria segurança. A reflexão a respeito dos deveres do Estado e dos impactos do comércio armamentista no meio capitalista é necessária para o entendimento do tema.       Primeiramente, é importante analisar a reflexão de Thomas Hobbes, filósofo inglês, o qual dizia que o homem abriu mão da sua liberdade para viver em sociedade em troca de direitos garantidos pelo Estado. Em síntese, entre essas garantias consta a segurança do indivíduo, portanto, ao observar a realidade brasileira, a constituição prevê a integridade do brasileiro como direito. Dessa forma, o livre porte de armas torna-se desnecessário perante os deveres do Estado.       Também é primordial a analise dos impactos do livre porte de armas numa sociedade enraizada no consumo. O sociólogo polonês, Zygmunt Bauman, trata dessa questão do consumo em sua obra "Modernidade Líquida" e salienta que as sociedades contemporaneas possuem relações sociais embasadas no consumo de algo, ou seja, os pertences de um indivíduo podem resumir como o mesmo é visto perante os outros. Em resumo, o livre porte de armas, no Brasil, daria inicio à uma "corrida armamentista" com finalidade de promover o poder individual e exibi-lo, ou seja, seria maléfico para a sociedade.       Portanto, o livre porte de armas não deve ser permitido em virtude da existência do Estado e das consequências capitalistas. Para concretizar esse fato, o Governo Federal deveria investir em segurança pública através do aumento de contigente e capacitação dos agentes com cursos de especialização. Em vista do consumo, ficções engajadas nas televisões poderiam explanar que o porte de armas não pode ser visto como um ideal de poder.