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Enviada em: 20/10/2018

Se Monteiro Lobato estivesse vivo, fixaria seu olhar aos problemas acerca do porte de arma no Brasil e desta forma transformaria seu mais célebre personagem, Jeca Tatu, nessa questão e assim diria que o porte de arma não é assim, ele está assim, culpa do desarmamento, instaurado em 2004,  avanço da criminalidade, aliado a má fiscalização e defesa da população por parte do governo.      O Estatuto do Desarmamento entrou em vigor em 2004, a lei proíbe o porte de armas por civis, salvo casos onde a necessidade é comprovada. Em 2005 foi feito um referendo perguntando se a proibição do comércio de armas de fogo e munições deveria entrar em vigor, por 63,94% contra 36,06% a alteração do artigo 35 não foi adiante e o comércio se manteve de pé. O comércio ainda existe, mas o porte de arma segue proibido.     Logo após o estatuto entrar em vigor, ele resultou em números positivos em relação aos homicídios no Brasil, entretanto, esses números tem guinado e em 2012 atingiu seu ápice, o Brasil superou 50 mil homicídios, o que vale a 30% dos assassinatos na América Latina e 10% no mundo! Essa mudança não acontece apenas por conta do desarmamento e sim pelo vácuo da segurança pública, visto isso fica o questionamento, de que adianta desarmar o cidadão civil, tirando sua defesa própria, se ele sofre nas mãos da caótica segurança e da organizada criminalidade?     Sabe-se dos problemas da segurança pública no Brasil e também do avanço da criminalidade, que perdeu o medo, pois sabe que quando abordar uma pessoa, dificilmente ela estará armada, percebe-se assim que o Estatuto do Desarmamento é ineficaz, já que desarma os cidadãos mas não os criminosos, que em sua maioria portam arma. O estatuto precisa ser novamente estudado, analisado e como resultado ser revogado. O porte de arma precisa voltar ao cidadão, mas dessa vez, passando por um processo duro de análise psicológica e posteriormente um procedimento rigoroso de fiscalização da utilização e compra da arma.