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Enviada em: 31/10/2018

Em diversos filmes que retratam o "velho oeste" norte americano, a cena de dois personagens resolvendo alguma desavença por meio da disputa armada, faz crer uma realidade fantasiosa a muito distante da modernidade atual. Entretanto, o Brasil encontra-se numa situação facilmente comparável a este período, as taxas de homicídio atingem números alarmantes, e com isso veem a tona a discussão se seria viável na atual situação, permitir à população o livre porte de armas, e qual seria seu impacto na sociedade.       O Brasil do início do  século XXI enfrentava um crescimento vertiginoso de mortes por arma de fogo, como meio de conter esse aumento, instaurou-se o "estatuto do desarmamento", que passou a limitar o acesso para a população. Em virtude da baixa eficiência da medida, segmentos sociais favoráveis a revogação se fortaleceram embasados pelo medo e o conceito de auto-defesa. Em contrapartida, pesquisas se mostraram inconclusivas sobre a viabilidade do retorno da medida.        O alarmante da situação, consiste no medo constante presente em cada brasileiro, construiu-se um clima de temor incessante a todos os tipos de ameaças. Ao devolver à população o porte de arma, não se trata de uma devolução da segurança, mas sim, um risco a mais para uma sociedade debilitada. Em situações ideais, a arma de fogo teria seu papel aliado as preferências pessoais, mas em um país onde sua posse existe com intuito de corrigir falhas sociais muito mais complexas, haveria o risco de fortalecer o mal a qual se quer combater.       A partir dos aspectos analisados, constata-se, que apesar da ausência da posse não reduzir efetivamente o problema da taxa de homicídio, não é possível ter garantia que sua permissão teria o efeito oposto, e muito menos evitar que tal taxa tenha um novo salto. Para que a permissão seja levada em consideração, o governo federal em conjunto com os governos estaduais deve realizar medidas para combater e reduzir a criminalidade, para que assim a liberdade de posse não seja apenas de tirar uma vida.