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Enviada em: 17/11/2018

Estatuto da violência       Vários filmes atuais que retratam o cotidiano da civilização norte americana, mostram a facilidade para comprar armas de fogo e munições, e mesmo assim os índices de homicídio por esse tipo de armas são baixos, não se aproximando dos altos números do Brasil, que tem um estatuto de desarmamento em vigor. Porém, são duas populações muito distintas, e é óbvio que o livre porte de armas no Brasil não deve ser permitido, devido não somente ao nível de ignorância da população, mas também, a falta de um equilíbrio emocional para resolver conflitos. Nessa perspectiva, primeiro esses desafios precisam ser superados, para depois se pensar em armar a população.       A educação é fator principal no desenvolvimento de um País. Hodiernamente, ocupando a nona posição no ranking mundial da economia, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema de ensino público eficiente. Contudo, a realidade é justamente o oposto, e o contraste desse problema social é diretamente refletido nos índices de violência do País. De acordo com Paulo Freire, filósofo brasileiro, a violência não é sinônimo de força, mas, de fraqueza, e não serve para construir coisa alguma, somente para destruir. Portanto, é notório que a população brasileira não está em um nível de educação adequado para ter o livre porte de armas.       Faz-se mister, ainda, salientar os altíssimos índices de violência do País, que tem vários homicídios por motivos banais, discussão entre vizinhos, brigas de trânsito, brigas em bares, e que o porte de armas só serviria para impulsionar ainda mais a violência. Segundo Daniel Cerqueira, diretor do IPEA (Instituto de pesquisa econômica aplicada), pesquisas comprovam que desde a implantação do estatuto do desarmamento em 2004 até os dias atuais, mais de 121 mil vidas foram poupadas no Brasil. Nesse sentido, é inadmissível que o desejo de uma pequena parcela da população seja imposta sobre a vontade da maioria, livre porte de armas não.       Infere-se, portanto, que ainda há entraves para a implantação de políticas que visam a construção de um mundo melhor. Desse modo, urge que o governo faça um investimento maior em segurança pública, equipando os orgãos e os agentes de segurança com a melhor tecnologia que há no mercado, e também melhore os índices de educação do País, colocando escolas de tempo integral, assim será possível reduzir efetivamente os números de homicídios. De acordo com Nelson Mandela, ex-Presidente da África do Sul, a educação é a arma mais forte que você pode usar para mudar o mundo.