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Enviada em: 18/03/2019

Busca pelo poder     As disputas pelo poder são estruturadas na sobreposição de uns indivíduos sobre outros. Segundo Rousseau, o homem nascia sem esses ideais, mas o meio impunha esse comportamento. Esse meio, conforme Marx, era sustentado pela luta de classes, no qual havia uma hierarquia social. Tal desigualdade se perpetuou, sendo ela o principal motor da violência. Desse modo, o aumento dos crimes, aliado à impunidade existente, fez com que o desejo de fazer justiça com as próprias mãos crescesse.   Em primeiro lugar, é necessário interligar a permanência de uma sociedade excludente com a criminalidade. Como dizia Rousseau, filósofo suíço, o ser é produto da estrutura social, então o processo de socialização depende do ambiente. Logo, é perceptível que, embora não haja uma regra, a desigualdade do país gera uma opressão sobre aqueles que nascem em locais pobres, mobilizando revoltas. Assim sendo, a busca pela ascensão financeira incentivou a entrada de pessoas no tráfico, fazendo com que os mecanismos de luta contra a exclusão fossem ilegais. Tal conjuntura favoreceu o acréscimo na circulação de armas no Brasil, principalmente, devido ao contrabando de armamentos realizado na fronteira da Amazônia. Sendo assim, é notório que a elite brasileira sustenta o corrompimento dos mais necessitados, que são influenciados pelo meio criminoso e se utilizam da violência para alcançar a igualdade.     Além disso, é válido ressaltar que o modo usado para ascender socialmente provoca mortes, e a revolta diante à impunidade dos criminosos evolui perigosamente. Tendo isso em vista, é fundamental que haja mudanças pacíficas na organização da sociedade, ainda que Marx defenda, no contexto da luta de classes, que os dominados realizem uma revolução armada. Apesar de serem momentos distintos, é essencial que se perceba que, nas duas situações, a mobilidade social é baixa pela superioridade da burguesia sobre o proletariado. No entanto, é preciso perceber que ambas as classes desejam se utilizar da justiça com as próprias mãos para atingir seus objetivos, em que uma pretende solucionar a impunidade, e a outra a desigualdade. Entretanto, a competição intraespecífica, através da liberação de armas, não beneficia ninguém.     É evidente, portanto, que o desequilíbrio social alimenta a violência. Dessa maneira, é crucial que o Ministério dos Direitos Humanos pressione o governo para descongelar os gastos com a educação. Para que eles invistam em projetos sociais dentro das escolas, democratizando o acesso à cultura e à tecnologia por meio da instalação de computadores, estímulo ao esporte e feiras de livros, afastando o ser do crime. Ademais, é indispensável que haja uma rede de câmeras e uso de drones que localize as armas, possibilitando uma fiscalização eficiente acerca da legalidade da posse de determinado instrumento. Dessa forma, a desigualdade amenizará, a luta de classes terminará empatada e não haverá a necessidade de liberar os armamentos para a população.