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Enviada em: 30/10/2017

Para não mais chorar como Goiás    A tragédia em Goiás, na qual um aluno de treze anos atirou nos colegas, trouxe a tona a fragilidade do porte de arma, primeiro pelo impacto letal e segundo, pela naturalização da violência como forma de resolver conflitos. Talvez, a sensação de falta de segurança motive o porte de arma, mediante aos menores investimentos em segurança pública, a percepção de insegurança na sociedade. Com isso, surge a problemática do porte de arma que é reflexo da realidade do país, seja pela insuficiência do Estado, seja pela mentalidade do indivíduo na resolução de conflitos.   É inegável o papel do Estado em oferecer educação e segurança. Entretanto, o cumprimento das funções de bem estar social estão longe do ideal. Quão mais distante disso, maiores os reflexos nas taxas de homicídios por armas de fogo, independente do porte de arma ser legalizado ou cultural. O governo de Honduras não legaliza o porte, mas a sociedade hondurenha é a mais violenta do planeta, um país conhecido por ser carente de políticas públicas.    Além da condução do Estado, a ação do cidadão mediante as suas questões pesa nesse quesito. Desde o massacre em Goiás ou às respostas armadas da população frente ao crime organizado coloca o fator humano em evidência. A cultura do diálogo, do cumprimento das leis, a confiança nas Instituições e a ética pessoal são comportamentos e ações mediadoras de conflito, tal qual o costume de exercer a justiça com as próprias mãos. Assim, o porte de armas é distante de ser a medida ideal contra a violência.      Infere-se, portanto, que o porte de armas é maléfico a sociedade brasileira. Sendo assim, cabe ao Governo aumentar a qualidade e abrangência da educação na sociedade, seja pela construção e aumento do efetivo de instituições de ensino até predispor um serviço de qualidade. Ainda, a sociedade atribui-se o exercício do diálogo, da democracia, das mediações e discussões, sendo estes bons árbitros de conflitos.