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Enviada em: 30/10/2017

A lei da razão ou a de Talião?   É incontrovertido a ausência de mecanismos em prol da segurança social no Brasil. Nesse sentido, não obstante, leis que concedem o livre acesso às armas são debatidas na sociedade hodierna. Entretanto, a capacidade humana irracional e a inércia política em relação ao uso de tais artefatos mostra-se evidente, contudo, manifestando-se retrógrada.  "Olho por olho, dente por dente". Sob tal Lei de Talião que muitos embasam sua compulsividade. Isto posto, a aprovação do livre porte de armas constitui-se um canal ao aumento no número de suicídios entre o corpo social. À Vista disso, países como a Argentina e o México apresentaram um aumento de 54% no número de homicídios após a legalização da supracitada lei. Destarte, torna-se necessário a erradicação de tal equívoco incitado por alguns de nossos regentes.   Outrossim, além da impulsividade humana em relação aos contratempos do cotidiano, a omissão de mecanismos instrutivos mostra-se assídua na modernidade. Percebe-se isso, por exemplo, na ignorância ao uso de armas em que alguns militares se deparam ao confiscarem traficantes. Conforme a 2° Comarca do Acre, 4% das armas apreendidas em favelas são desconhecidas no Brasil. De fato, a similar perplexidade de nossos regentes se encontrará com o convívio de tais objetos.  Fica claro, portanto, que a efetivação da aludida lei se constituirá um retrocesso em uma sociedade essencialmente oculta da informação. Logo, ao invés do armamento social, o Poder Executivo poderia investir no desarmamento de traficantes, aumentando o patrulhamento de policiais em favelas, bem como buscar orientá-los com base no Drug Enforcement Administration (DEA).    Em suma, o Ministério da Educação poderia instituir palestras às escolas com base nos Direitos Humanos, salientando os benefícios de agir pela razão e não pela emoção. Assim, erradicaríamos o meio que conduziria ao ciclo catastrófico de "olho por olho, dente por dente".