Materiais:
Enviada em: 01/11/2017

Essa é a verdadeira solução?              Quando nos deparamos com a violência endêmica na sociedade brasileira e a ineficácia do poder público em coibi-lá, levantamos o questionamento se não seria melhor liberarmos o porte de armas, permitindo ao cidadão a mínima possibilidade de defesa. Tal questionamento, porém, não apresenta uma resposta simples e são muitos os argumentos a favor e contra o livre porte de armas.              Por um lado, há países que baniram o porte de armas, como é o cado do japão, e tem baixas taxas de homicídio, 0,3 por 100 mil habitantes. Mas há também países desenvolvidos que têm mais de 30 armas de fogo por cem habitantes que também tem baixíssimas taxas de homicídio. Podemos perceber que países desenvolvidos são mais seguros independentemente de sua legislação em relação as armas e muitos mais por suas politicas públicas.              O Brasil encontra-se no outro lado do espectro de violência, com taxas de homicídio que mias paracem  terem sido retiradas de uma guerra, com 42.291 homicídios e 2014. E mesmo com o Estatuto do Desarmamento em vigor desde 2004, houve um aumento significativo nos números de homicídios desde a sua implantação. Esses dados são suficientes para demostrar que liberar ou não o porte de armas não é sinônimo de cidades mais seguras.              É de relevância geral tal debate, porém, com armas ou sem armas nossas cidades continuaram inseguras se antes não resolvermos a falta do poder público nelas. Leis mais rígidas, menor leniência da justiça, policiais mais preparados, toda uma política pública estruturada e representantes do povo empenhados é antes de tudo a verdadeira solução para a violência no Brasil.              Por fim, a proposta de livre porte de armas no Brasil esconde o anseio de todos os cidadães em viver em um país mais seguro, e a única forma de progredirmos nesse sentido é cobrarmos de nossos representantes uma política pública que responda tal anseio. Parece clichê, mas um cidadão atento a política, vale muito mais que um armado. Por isso, deixemos o debate de armas de lado e nos concentremos no verdadeiro e único problema, a política brasileira.