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Enviada em: 03/11/2017

No limiar do século XXI, com advento da ânsia por justiça crescente no Brasil, permeiam duas ideias antagônicas acerca da proposta do livre porte de armas no país. De um lado os que equivocadamente atribuem uma população armada a uma falsa sensação de segurança. Opondo-se a eles têm-se os que pesam corretamente os prós e contras da hipótese levantada e optam pela manutenção do sistema vigente. Em suma, as leis atuais a respeito do tema tem de ser mantidas em vista da heterogeneidade do povo e da lentidão do sistema judiciário brasileiro.     É inegável que o Brasil é um dos países com maior diversidade cultural no planeta, como também é um dos "campeões" quando o assunto é casos de preconceito racial, étnico, de gênero e religioso. Nesse enquadramento, a liberalização de equipamentos bélicos para os brasileiros têm um enorme potencial de ser catastrófico, porquanto casos de intolerância poderão ser incrementados além do embate físico entre agressor e vítima em um confronto munido de armas de fogo, o que potencializa o número de mortes. Sendo assim, primeiro devem ser resolvidos os problemas seculares da nação como por exemplo o feminicídio, do contrário, as medidas surtirão efeito oposto do almejado.    Outrossim, é evidente que o sistema judiciário do Brasil é lento e ineficiente, portanto, ao facilitar a posse de armas de fogo corre-se o risco de instaurar-se no país o estado de anomia cuja definição feita por Durkheim afirma ser o momento em que as normas reguladoras perdem sua validade, visto que, por ser inefetivo, o judiciário brasileiro não irá impor respeito nos indivíduos. Nesse contexto pôs moderno da nação no qual impera a impunidade, casos de justiça "com as próprias mãos" em vista da também incipiente segurança pública nacional serão perpetuados, assim, voltará a crescer o número de homicídios no país. Fatos esses são confirmador pela afirmação do diretor do IPEA, na qual o mesmo diz terem sido poupadas mais de 121 mil vidas após a instauração do estatuto do desarmamento.      Desse modo, por se tratar de uma problemática que visa a melhoria da segurança pública no país, é mister que a mídia conscientize a população do quão prejudicial será a facilitação da compra de armas em vista das inúmeras intolerâncias observadas no Brasil por meio de debates ao vivo e exibição de estatísticas evidenciando os benefícios  acarretados pelo estatuto do desarmamento. É imperativo que o Ministério da Segurança Pública melhore a segurança nas cidades de modo a ser desnecessário o acesso às armas para que a população sinta-se segura por meio do aumento do efetivo policial além do melhor preparo e equipagem dos mesmos. Por fim é imprescindível que o povo pressione o governo a resolver a questão da segurança no país de um modo adequado por meio de manifestações públicas e mensagens diretas  aos parlamentares por e-mail.