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Enviada em: 16/04/2018

De acordo com o filósofo Thomas Hobbes, para que houvesse paz em uma sociedade, os indivíduos teriam que conceder o poder da gestão para o Estado por meio do contrato social. Todavia, os brasileiros se sentem em confronto com a alta taxa de criminalidade e insatisfeitos com as instituições governamentais. No entanto, reivindicar o porte de armas dará apenas uma falsa sensação de segurança, uma vez que, em nada resolverá os problemas no Brasil.     Em um primeiro plano, armar os cidadãos com o intuito de protegê-los é uma falácia do senso comum. À vista disso, antes do Estatuto do desarmamento ser revogado em 2014, o Mapa da violência indicava 8% de mortes, ao longo dos anos. Dessa forma, o que deveria ser colocado em pauta, é a baixa qualidade no ensino público e a falta de oportunidades ofertadas aos jovens da periferia. Assim sendo, por meio da educação é que a delinquência diminuirá.    Desse modo, os preconceitos em relação a raça, cor, religião e orientação sexual deveria serem abordados no sistema educacional. Uma vez que, isso poderia acionar um gatilho na mente humana que através da força colocaria em ação o seu ódio infundado. Ressalta-se, também, que ocorreria muitas transgressões embasadas em legítima defesa, por consequência de uma briga de trânsito, violência doméstica e adultério.       Torna-se evidente, portanto, que à longo prazo, por meio da educação é que a segurança fará parte do cotidiano no Brasil. Logo, o Ministério da Educação, aliado às empresas privadas, deveria oferecer cursos profissionalizantes e junto com o serviço social ir à procura dos jovens que evasionaram da escola. Urge, também, o debate com a sociedade civil a cerca da falsa premissa que afirma que usar armas os protegem. Dessa forma, só através do diálogo, da divulgação de pesquisas em redes sociais e o estudo da cidadania e ética no ensino público, será possível desconstruir a falácia do senso comum e fortalecer o contrato social afirmado por Hobbes.