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Enviada em: 05/03/2018

O brasil, a exemplo de outros momentos da sua história, vem sofrendo com o aumento da violência que se alastra pelos vários estratos sociais. Entretanto, liberar o porte e arma não é solução para o problema. A sensação ilusória de proteção ao porta-las resulta apenas da ineficiência do Estado em resolver problemas civilizatórios, como a industrialização e a vigência da Lei.   Por exemplo, a concessão para o porte feito à população norte-americana está na raiz de sua constituição; no entanto, tal fato não tem ligação direta com os processos de integração da economia industrial, senão pela coincidência de serem aspectos da mesma sociedade. O resultado de tais processos são a produção de riquezas e a elevação do bem estar social. Aumentando a produção, o consumo, a qualidade dos serviços e, consequentemente, o emprego.   No caso específico brasileiro, o aumento nos números da violência coincidem com um alto nível de desindustrialização, tendo como reflexos uma queda acelerada nos níveis de produção, o que empurra muitos brasileiros para o desemprego e para a miséria; ao mesmo tempo, explode uma guerra entre organizações criminosas que, gestadas nas principais capitais do país, se expandem em ritmo acelerado para outros regiões do país. Tais fatores são exemplos contundentes da ausência de planejamento por parte do Estado para enfrentar a miséria social e o crime organizado, esses sim, os maiores responsáveis por mortes violentas.   Portanto, a diminuição nos índices da violência decorrerá, principalmente, de uma coordenação estratégica entre o Estado empoderado, a Universidade e a iniciativa privada. O fito é recuperar as condições de empreender, facilitando a geração de empregos, por meio da pulverização da capacidade industrial e tecnológica. Tal pode ser realizado por meio da instalação de centros tecnológicos nas regiões mais afetadas pela miséria e desemprego; capacitando o material humano, com base na engenharia reversa e na compra governamental o que proverá a certeza de recursos. Também é necessário um esforço de inteligência policial e modernização das forças de combate ao crime, para que o enfrentamento ao narcotráfico e às facções criminosas se dê primariamente por ações que visem desbaratar as verdadeiras lideranças e suas operações, retirando a necessidade de operações urbanas que matam tantas pessoas nos conflitos entre policiais e bandidos. Apenas assim será possível reverter o quadro de medo que tomou conta da sociedade brasileira e não facilitando o acesso à armas de fogo.