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Enviada em: 09/03/2018

Armamento soluciona violência?     Nos últimos anos, várias tentativas foram realizadas no intuito de alterar ou até revogar o Estatuto do Desarmamento do ano de 2003. Mais uma vez o tema ganha espaço para debates na sociedade e dessa vez se encaminha de forma a ter maiores probabilidades, por parte dos armamentistas, de atingir o êxito, devido a enorme tensão gerada pelo aumento da criminalidade. Entretanto, estará na questão do armamento ou não armamento é a solução definitiva para o problema da criminalidade?    Países que podem ser exemplos claros, é a Tanzânia e a Uganda. Recentemente, o porte de armas foi proibido na Tanzânia, mas quando o armamento era legalizado, o país tinha um alto nível de violência, a cada cem mil habitantes, vinte mil morriam assassinados, já na Uganda, que sempre foi extremamente coibido, também tinha a mesma porcentagem de homicídios.      A posse de armas legalizada, é de extrema preocupação, pois mesmo o Estatuto do Desarmamento impedindo através de testes psicológicos que "quaisquer" tenham acesso as armas, ele não prevê algumas medidas de proteção básicas, como avaliações periódicas do proprietário e proibição do porte de armas daquele que for encontrada embriagado ou sob efeito de drogas com a posse de arma.    O Brasil, tanto na legislação permissiva quanto na rígida atual, não diminuiu a criminalidade, segundo o Mapa da Violência 2015.Todavia, muitos dos países mais violentos são pertencentes à América latina. Esses países tem em comum um histórico de desigualdades e de negação de direitos sociais.     Portanto, a liberação do armamento não resultará na diminuição da violência, e sim, medidas preventivas, voltadas para a educação e preparo de jovens para o mercado de trabalho, e a presença forte do Estado em áreas carentes, visando à diminuição das desigualdades sociais.