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Enviada em: 09/03/2018

É de fato público e notório que os debates acerca da liberação de porte de armas são polêmicos. Nesse contexto, verificam-se opiniões contra e a favor de tal liberação para os cidadãos brasileiros. Todavia, tal pauta deve ser tratada com seriedade, visto que está atrelada aos índices socioeconômicos brasileiros.    A liberação do porte de armas comprovou ser eficaz nos Estados Unidos, pois o número de mortes a cada 100 mil habitantes teve forte declínio após a licença - segundo a revista Veja. Entretanto, a infra-estrutura, as leis e o índice de desenvolvimento humano, o IDH - que engloba educação, expectativa de vida e PIB per capita - é maior em relação ao Brasil. Por conseguinte, não são fidedignos os argumentos a favor da revogação do Estatuto do Desarmamento que são utilizados amplamente em debates utilizando países com indicativos sociais dispares.     Além da crise econômica vigente, verificada pelos recentes escândalos de corrupção, enfrentamos nas capitais uma crise de segurança, observada na capital carioca pela intervenção federal através do exército. Tendo o exposto em vista, a raiz da problemática da demasiada violência no país canarinho encontra-se na crise de segurança e a liberação das armas configuraria contraproducente, visto que a intenção inicial seria a maior segurança ao cidadão e acaba ocasionando na possibilidade da situação sair de controle no país.     A liberação do porte das armas, portanto, depende de fatores socioeconômicos e caracteriza-se como nociva, pela maior circulação de armas que geraria podendo ocasionar numa situação que fugiria do controle dos governos competentes. Mediante o elencado, deve haver um ampliamento no investimento da segurança nas capitais pelo ministério da segurança associada aos governos estaduais, impedindo a necessidade do cidadão portar uma arma para sua segurança. Além disso, o governo estadual deve disponibilizar concursos públicos para policiais, delegados e escrivãos, que encontram-se em falta nas capitais.