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Enviada em: 08/04/2018

Muito se discute sobre porte de arma no Brasil, mais o que isso significa em meio a tanta violência? Muitas pessoas acreditam que liberar o porte de arma para o cidadão brasileiro é dar a ele o direito de se defender. Isso pode ser uma verdade olhando do ponto de vista emocional mais a realidade é que o “brasileiro atual” não tem capacidade de portar uma arma por três motivos: a falta de equilíbrio emocional, psicológico e de informação.          No que se refere ao problema, pontua-se que uma sociedade armamentista traria um efeito oposto ao esperado pelos seus simpatizantes. Segundo o sociólogo Sérgio Buarque, de modo geral, o individuo tende a valorizar mais a emoção do que a razão em sua forma de agir. Deste modo, com a liberação de armas de fogo para a população, haveria um aumento considerável de crimes motivados por banalidades, tais como traições amorosas, brigas de bar, rixas futebolísticas e transito.           Ademais, a sensação de confiança proporcionada pelo porte de uma arma incentivaria a população a adotar uma postura bastante ‘’confiante’’, sendo incentivadas até a reagirem a assaltos. De acordo com uma pesquisa feita pelo site G1, os casos de latrocínio, em sua maioria, são resultado da reação das vítimas. Assim, pessoas inocentes motivadas por uma ilusão de poder colocariam suas vidas em risco. A cultura de ter uma arma hoje no Brasil implica até mesmo no poder da polícia, pois o sentimento de justiça com as próprias mãos vem exatamente por não ter equilíbrio emocional e a polícia terá trabalho em dobro. A falta de informação implica em não conhecer a arma e quais os efeitos da mesma ao ser empregada, e o equilíbrio psicológico de saber quando usar, tudo isso requer uma nova cultura de armamento no Brasil.                Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O entendimento da população de que é necessário legalizar o porte de armas está intrinsecamente relacionado aos índices de violência urbana. Isso posto, cabe ao Governo, por meio do Ministério da Segurança Pública, reformar de modo quantitativo e qualitativo o policiamento das cidades, além de investir em políticas sociais que diminuam a marginalidade juvenil, como a realização de eventos culturais, esportivos e educacionais acessíveis a todas as classes sociais, a fim de promover a diminuição da criminalidade e modificar o panorama de violência no Brasil. Ademais, urge que a sociedade cobre do governo, por meio de manifestações cibernéticas e em vias públicas, ações que promovam a segurança social, visando evidenciar a proteção como encargo do Estado.