Materiais:
Enviada em: 10/04/2018

No ano de 2004 foi entrado em vigência a lei que veta o porte e a venda de armas no Brasil. Esta lei desde então diminuiu apenas 1 morte para cada 100 mil habitantes em 10 anos, dados estes do Mapa da Violência divulgados em 2014 junto da Unesco. Pesquisas desse cunho leva à reflexão acerca do desarmamento contemporaneamente. O desarmamento foi um fator para redução da criminalidade? A população armada acabaria em um filme de "bangue-bangue"?  O Estatuto do Desarmamento afetou muito mais cidadãos que usavam a arma de fogo para autoproteção do que cidadãos mal-intencionados. Uma pesquisa mais recente feita em 2015 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea, registrou cerca de 59 mil homicídios para cada 100 mil habitantes, ou seja, aproximadamente 29 mortes para cada 100 mil. Comparativamente mesmo o número de mortes por arma de fogo diminuindo em 1 pessoa para cada 100 mil a taxa de violência cresce em números alarmantes todo o ano, expondo que provavelmente o desarmamento ainda não chegou nos criminosos.  Uma outra questão que a maior parte da população acredita é que liberando o porte de armas todos poderiam adquiri-la e logo acabaria em um filme de "bangue-bangue". Antes de tudo, o número de armas ilegais pelos brasileiros são de 7,6 milhões, dados levantados pelo Sistema Nacional de Armas (Sinarm), ou seja, aproximadamente 1 arma ilegal para cada 27 habitantes. Acrescentando a isto, a discricionariedade em conseguir legalmente uma arma de fogo impede que nem toda pessoa possa tê-la.  Portanto, não cabe dizer com toda convicção que o Estatuto do Desarmamento foi um fator que diminuiu a violência, pelo contrário, desde sua implementação, ela só aumentou. Ademais, não existe nenhum Estado capaz de proteger 24 horas um cidadão, porém é dever daquele avaliar este, com auxílio psiquiátrico e cursos preparatórios, caso queira adquirir a posse legalmente de um arma de fogo.