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Enviada em: 15/06/2019

"Tinha uma pedra no meio do caminho, no meio do caminho tinha uma pedra". O recorte do poema de Drummond pode fazer analogia à questão do lixo no Brasil, que é um problema que gera incômodo à sociedade. Posto isso, é necessário analisar as causas para efetuar-se um combate eficiente a essa praxe que é papel tanto do Governo, quanto das empresas.    De início, é importante pontuar que as políticas públicas têm papel fundamental na superação desse obstáculo. Segundo Aristóteles, o Governo deve, acima de tudo, garantir o bem estar da população. Porém por vezes, nota-se o descaso das autoridades públicas em relação à criação de projetos que facilitem a coleta seletiva do lixo, e a criação de leis que punam quem o descarta de forma inapropriada. Esse desdém é evidenciado rotineiramente mediante os meios de divulgação de informação, os quais mostram que os vários alagamentos são em parte formados por consequência do entupimento dos bueiros por causa do descarte errado do lixo. Nesse sentido, o Governo fere os princípios aristotélicos, haja vista que a não adesão de medidas contra essa adversidade pode aumentar os danos e prejuízos causados à sociedade.    Ademais, as empresas contribuem para a acentuação dessa problemática. No período da 2ª Revolução Industrial, o modelo de produção em vigor, Fordismo, fabricava produtos de extrema durabilidade, alguns chegavam a perdurar por toda uma vida. No entanto, com a consolidação da Globalização originou-se entre as empresas novas filosofias, como a obsolescência programada, e um novo e único "mandamento" o de vender muito e cada vez mais. Dessa forma, a produção desenfreada de lixo tomou enormes proporções. Some-se a isso o fato de que, as empresas, nos últimos anos, vêm se dedicando a estimular na sociedade o consumismo. Diante disso, medidas são necessárias para reverter esse cenário.    Conclui-se, diante do exposto, que a questão do lixo no Brasil ainda é um problema a ser resolvido. Sendo assim, com o objetivo de minimizar esse revés, urge, que o Ministério do Meio Ambiente, por meio da captação de recursos enviados pelo Estado, invista na instalação de lixeiras seletivas de lixo e de aterros sanitários ecológicos, que transformam o gás metano produzido pelos resíduos em energia limpa para a população. Além disso, o Estado, ciente do atual estado consumista em que a sociedade brasileira se encontra, deve promover decretos para que as empresas estendam a vida útil de suas mercadorias com a finalidade de diminuir a geração de lixo. Assim, essa pedra, que é a questão do lixo no Brasil, poderá ser retirada do caminho social.