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Enviada em: 13/06/2019

Foi na década de 1970, com o advento do Toyotismo, que a sociedade conheceu o consumismo. Com esse modelo produtivo a fabricação se tornou diversificada, flexível e menos duradoura. Nesse sentido, nota-se, atualmente, que esse estilo de vida está intimamente ligado à enorme quantidade de lixo que é produzido no Brasil. Essa situação é causada pela intensificação de um consumo exacerbado e tem como consequência graves impactos ambientais.   Primeiramente, é importante mencionar que o consumismo atua como um fato social (termo criado pelo sociólogo Émile Durkheim), já que os indivíduos são coagidos a sempre consumir com frequência, mesmo os produtos desnecessários. Esse panorama é intensificado pelas empresas, porque elas produzem mercadorias com um ciclo de obsolescência programada e, por conseguinte, induzem necessidades artificiais na população. Coerentemente com o que disse Steve Jobs: "As pessoas não sabem o que querem até mostrarmos a elas".   Em segundo lugar, esse consumo exagerado produz muito lixo que impacta diretamente o meio ambiente. Quando orgânico, o resíduo pode causar uma eutrofização artificial dos corpos d'água e, consequentemente, poluir reservas de água potável. Já os detritos inorgânicos não-biodegradáveis se acumulam nas teias tróficas, causando uma magnificação trófica, que pode provocar extinções locais e é capaz de afetar os humanos, por sermos predadores de topo.   Fica clara, portanto, a primordialidade de se combater os problemas expostos. Para isso, a sociedade deve se organizar por meio das redes sociais e fazer manifestações para pressionar as corporações a produzirem bens de consumo mais duradouros a fim de desincentivar o consumismo. Ademais, o Ministério do Meio Ambiente junto dos Governos Municipais necessitam implementar programas de recompensas aos cidadãos que descartarem corretamente seus lixos, para que esse hábito seja estimulado e os impactos ambientais evitados.