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Enviada em: 13/06/2019

Após o período conhecido como "Crise de 29" um novo modelo de produção denominado Toyotismo foi amplamente difundido por diversos países sendo a obsolescência programada uma de suas principais características. Diante disso, a quantidade de produção nas fábricas e, consequentemente, de consumo cresceu de forma expressiva, de modo a trazer prejuízos graves ao meio ambiente e à sociedade, visto que se formou no Brasil e no mundo uma cultura consumista na qual grande parte da população não se preocupa com o destino de seu lixo e nem possui um pensamento crítico em relação ao seu comportamento irresponsável.       Nesse viés, mostra-se evidente que o aumento na demanda sobre os produtos está diretamente ligado ao desenvolvimento na população, feita pelo mercado, de uma necessidade inconsciente de consumo, não só de objetos, mas também de ideais. Isto é, assim como retrata o documentário "O século do eu" de Adam Curtis - o qual aborda como as teorias de Sigmund Freud foram usadas por instituições comerciais e governamentais para controlar e manipular a massa popular - a realidade não é diferente: políticos e empresas utilizam de seu lugar de destaque para influenciar e impor às pessoas um padrão de vida, consumo e raciocínio. Como consequência disso, muitos indivíduos se tornam menos críticos e responsáveis, tanto com a natureza quanto consigo, de modo a perder em partes seu poder de cidadão, já que, inconscientemente, há a minimização de sua autonomia.        Ainda nesse contexto, o consumo desenfreado, acompanhado da carência de políticas efetivas e  ausência de uma legislação específica ao destino correto de produtos usados, é um dos agravantes de diversos problemas ambientais no Brasil. Ou seja, a quantidade excessiva de lixo produzido pela sociedade e jogado na natureza de maneira irresponsável, porquanto antes do descarte não é realizado nenhum tipo de tratamento ou separação, contamina o ar, o solo e até a água. Além disso, a falta de informação e ciência dos brasileiros acerca dos danos causados pelo consumismo e descarte incorreto de dejetos é um empecilho para a minimização de problemas como o esgotamento de matérias primas, assim o conceitos de sustentabilidade e reciclagem se tornam essenciais para a mudança.        Faz-se visível, portanto, que, não obstante o lixo e a sociedade de consumo causem sérios danos ao Brasil essa questão ainda não é vista com a real importância nem pelo governo, nem pela população. Desse modo, com o fito de minimizar os impactos do consumismo, tanto na esfera social como ambiental, é necessário que o Estado, por meio de seu poder legislativo, torne obrigatório a coleta seletiva de lixo nos municípios, de maneira a utilizar os lixões apenas para materiais não recicláveis, e criar postos de coleta de produtos reaproveitáveis.