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Enviada em: 14/06/2019

Destoante da realidade ideal, o lixo, ou o fim dele, ainda é umas das principais dificuldades enfrentadas pela sociedade brasileira. Nesse sentido, boa parte do problema associa-se direta e intimamente ao desafio de descarte, principalmente diante da cultura do consumo excessivo desligado de uma lógica racional capaz de ponderar entre o útil e o inútil. Além disso, outra parte da questão tem como aspecto fulcral a incapacidade da sociedade em perceber, no longo prazo, as implicações do hábito de consumir e descartar para o meio ambiente e para si própria.      Nessa lógica, o slogan do capitalismo catalisa todo o caos: consumir para consumir. Assim sendo, produtos são cotidianamente comprados e jogados fora sem a menor consciência do modo correto de eliminá-lo, possibilitando um cenário em que, em média, 64 milhões de toneladas de resíduos são produzidos anualmente segundo Associação de Empresas de Limpeza Públicas de Resíduos Especiais e, por isso mesmo, dificultando a Política Nacional de Resíduos Sólidos, segundo a qual os lixões deveriam ser, até 2014, extintos do país a partir de incentivos à criação de outros caminhos a ser empregado ao lixo, seja para produzir energia, seja para sua reciclagem e reutilização. Infelizmente, todo esse contexto leva à poluição inevitável em suas mais variadas vertentes.      Outrossim, o descompromisso generalizado com o futuro da própria sociedade compromete ainda mais o cenário. Nesse viés, não se preocupar com o atual panorama do lixo pode comprometer a qualidade de vida das gerações futuras na exata medida em que a poluição resultante, seja ela de cunho hídrico, geológico ou mesmo eólico, prejudica, no futuro, a utilização desses recursos para se continuar produzindo e para sustentar as necessidades dos indivíduos e, diante disso, como bem disse Severn Suzuki na Rio+20 " se nada for feito agora, nem será preciso se preocupar com o futuro, pois não o haverá". Desse modo, fica evidente os riscos da atual inconsciência e irrazoabilidade humana no que tange o consumo e a produção de lixo.      Destarte, o fim dado aos resíduos são, de fato, um problema sobre o qual muitos desafios de sobrepõem. Por isso, com o intuito de mitigar essa situação detrimentosa, o Estado,  na figura premente do Ministério do Planejamento  e Meio Ambiente, deve criar medidas de incentivo à reciclagem, reutilização e à redução do consumo  a partir do investimento em indústrias capacitadas a fazer esse processo com os materiais rejeitados em nome da sociedade e visando ao bem comum. Também, é salutar o emprego da matéria orgânica na produção de energia por meio do biogás, eteno, gerando receita sobre o que seria lixo. Desse modo, promove-se o desenvolvimento do país a um patamar de muito mais prosperidade e qualidade da vida humana.