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Enviada em: 15/06/2019

Após a Segunda Guerra Mundial, o analista de varejo Victor Lebow propôs um mercado centrado no consumismo, como forma de reerguer a economia americana. Com o consumo sendo estimulado pela indústria, e os produtos sendo projetados de forma que se tornem obsoletos rapidamente (com materiais de pouca durabilidade), criou-se um problema insustentável de acúmulo de lixo em todo o mundo. Sabendo disso, se faz necessário reverter essa situação, de forma a assegurar o bem-estar humano e ecológico para as próximas gerações.       A princípio, pode-se perceber a hegemonia da utilização do plástico como componente primordial na manufatura de produtos. De acordo com o Banco Mundial, a humanidade está gerando cerca de 2 bilhões de toneladas de lixo todos os anos. Boa parte desse lixo é plástico, um polímero que não se degrada na natureza e também prejudica a vida animal.       Somado a isso, existe a alienação que a indústria impõe sobre o consumidor através do marketing, convencendo-o que o produto vendido é necessário, indispensável. Rememorando o pensamento do escritor José Saramago, "Vivemos no tempo da mentira universal. Nunca se mentiu tanto"; nota-se que caso a sociedade continue a ser seduzida por esse consumismo supérfluo, não haverá possibilidade de assegurar a sustentabilidade na quantidade de lixo produzido.       Conhecendo os lados tecnológico e sociocultural do problema, é imprescindível a atuação do sistema educacional. De forma que as universidades públicas ajam no desenvolvimento de polímeros resistentes e biodegradáveis (que sejam sustentáveis e economicamente interessantes para a indústria), e com as escolas abordando conteúdos sobre educação financeira e estratégias de marketing, a fim de tornar as novas gerações muito menos suscetíveis à sedução publicitária. A partir dessas ações, espera-se trazer um fim ao crescente problema ecológico.