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Enviada em: 15/06/2019

Luz verde-amarela         À mercê do cenário de desenvolvimento racional-desenvolvimentista do século XVIII, o movimento iluminista firmou, como um dos seus maiores legados, a proposta de um futuro no qual o bem estar coletivo seria um pilar concretizado face aos avanços técnicos. Antagônico a tal premissa, a disseminação da cultura do consumo, aliada à inconsequência no destino de artefatos residuais, no território brasileiro, põe em xeque a ideologia prezada pelo século das luzes. Impende, pois, a necessidade de um olhar maior de enfrentamento à causa.       Para o pensador Paulo Freire, a defasagem no manejo de mecanismos, que afetam a esfera social comunitária, como a habilidade na gestão do lixo, deve-se, sobretudo, à frágil construção da importância educacional de determinado assunto no desenvolvimento intelectual de cada cidadão. Isso se intensifica, contudo, em meio à ineficiência de instituições pedagógicas de proporem atividades, as quais tenham ao fim a valorização da natureza e a importância do consumo consciente, frente ao intuito de não haver sobreposição de doenças e poluição. Dessa forma, é evidente que, para atenuar essa problemática, urge a importância de rearranjar o desenvolvimento didático verde-amarelo. Ademais, convém a ressalva de que a intransigência dos diversos agentes sociais em ministrarem, de modo eficiente, a relação consumo-resíduo provém, ainda, da defasagem na criação de políticas públicas, que garantam a saudável perpetuação entre tais entes. Na prática, isso é explicado por colunas midiáticas, como a publicada pela ''Folha de São Paulo'' — cuja explica a inviabilidade do poder judiciário brasileiro em aprovar leis minimizadoras do despejo irregular do lixo nas diversas regiões conterrâneas. Assim, é paradoxal que, mesmo em Estado Democrático de Direito, o maior país da América Latina ainda seja negligente com ações que prezem pelo bem estar social dos indivíduos.        Depreende-se, portanto, de suma importância a adoção e intensificação de medidas, que culminem à decrescente quantidade de estratos residuais descartados em todo o território brasileiro. A fim disso, cabe ao Ministério da Educação enfatizar na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) a intensificação do estudo de matérias e conteúdos literários, como o Arcadismo, que encaminhem os indivíduos, desde os primórdios, a serem mais conscientes com o meio ambiente, além de incentiva os ramos políticos a criarem uma maior importância acerca do assunto.. Por conseguinte, mediante a aplicação de tal medida, far-se-á um meio social no qual a irregularidade na gestão lixo não será um obstáculo para a concretização do mundo idealizado pelo Iluminismo.