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Enviada em: 01/08/2019

Durante a década de 1970, o planeta Terra entrou em déficit de recursos naturais. Desde então, a humanidade tem consumido mais do que o planeta consegue se regenerar. Por conseguinte, a ampla exploração de recursos naturais está diretamente ligada com o consumo exacerbado da população, o que influencia na grande produção de lixo e devastação ambiental, alterando o equilíbrio mundial.   Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, é produzido em média, anualmente, 71,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos. Visto isso, o Brasil ocupa a quarta posição mundial como produtor de lixo. Ademais, o forte agravante é a sociedade consumista, pois o mercado cria uma necessidade artificial para que o indivíduo seja persuadido a comprar o produto por meio das propagandas e mídias virtuais que associam o consumo à felicidade. Portanto, o consumo desenfreado é motivado por consumidores irracionais, como resultado, ocorre o excesso de lixo e os impactos socioambientais agravam-se a cada ano.   Correlacionado ao consumo inconsciente e a produção de lixo, está a obsolescência programada: tática das empresas reduzirem a vida útil dos eletrônicos para que novos produtos sejam comprados. De certo, o principal problema da obsolescência programada é o lixo gerado, pois, consoante o Ministério da Saúde, o descarte impróprio de eletrônicos no meio ambiente leva à contaminação por metais pesados, de modo a afetar a qualidade do solo e da água. Além do aumento da poluição, tem-se o risco à saúde da população que vive ao redor dos aterros sanitários contaminados por respectivos metais pesados.   À vista disso, é primordial a redução do consumo e do lixo. A priori, cabe ao Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária analisar os meios de comunicação da publicidade, com o intuito de conter as propagandas persuasivas que fazem referência ao consumismo, assim o consumidor criará uma mentalidade de consumo consciente e, consequentemente, também reduzirá a obsolescência programada. Outrossim, o Ministério do Meio Ambiente deve promover o princípio dos "3 R": reduzir a produção de resíduos, com a adoção de novos hábitos de compras; reutilizar materiais do cotidiano a fim de obter maior durabilidade e reciclar o lixo descartado, transformando-o em matéria-prima. Essa ação em conjunto com o Ministério das Cidades, disponibilizando postos de reciclagem nos municípios e, em específico, a coletânea de lixo eletrônico, a fim de controlar e limpar o meio ambiente de contaminação.