Enviada em: 24/07/2019

No longa-metragem "Wall-E", é retratado o mundo distópico, no qual o planeta terra, em 2100, é abandonado e coberto de lixo. Fora da ficção, esse cenário é uma realidade no que tange a atual conjuntura brasileira, cuja produção em massa e as compras excessivas propiciam o problema do lixo e da sociedade de consumo no país.       Em primeiro plano, Henry Ford, escritor de "Hoje e Amanhã", desenvolveu o modelo de produção fabril - Fordismo -, o qual intensificou a fabricação em larga escala. Destarte, indústrias, para manter o capital elevado, passaram a gerar resíduos sólidos abundantes, descartados em lixões e aterros sanitários. Por conseguinte, além de contaminar solos e lençóis freáticos, a população carente e periférica fica sujeita a doenças, como cisticerco e leishmaniose. Assim, o interesse econômico sobrepõe-se ao bem estar coletivo.       Paralelamente, é importante salientar que o "fetichismo mercadológico" idealizado por Karl Marx, acentua a problemática. Nesse viés, marcas como "Apple" e "Samsung", em decorrência da supervalorização de mercado, incentivam o consumo excessivo. Isto é, ao lançar novas tecnologias, despertam nos indivíduos a necessidade da compra, tornando, assim, produtos duráveis em descartável. Consequentemente, a quantidade de dejetos no país cresce gradualmente. Um exemplo dessa realidade é a posição do Brasil como o 4º maior produtor de lixo do mundo.       Portanto, é imprescindível a necessidade de medidas para mitigar o acúmulo de lixo e o consumo elevado na sociedade brasileira. Sendo assim, com o fito de atenuar a quantidade de lixo industrial, cabe ao Ministério do Meio ambiente regulamentar leis que exijam as industrias a produzirem materiais recicláveis, como embalagens sustentáveis. Ademais, à Ancine, produzir documentários que incentivam o consumo consciente, por meio de entrevistas com ambientalistas, para serem transmitidos nas escolas e teatros municipais. Dessa forma, aumentarão as chances de uma cidadania pragmática e distante do universo da pixar.  de acordo com o porte de cada fábrica, o montante de lixo permitida para descante