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Enviada em: 18/06/2019

"Não preciso ler jornais. Mentir sozinho sou capaz." Nestes versos da música "Cowboy fora da lei" de Raul Seixas, fica explícito que veículos de comunicação pretendem manipular opinião e até mesmo ações de seu público. Mediante venda de espaços publicitários, empresas estimulam o consumo de seus produtos. Criando no leitor, consumidor em potencial, insensibilidade quanto ao lixo produzido em detrimento da praticidade oferecida pelos produtos anunciados.       Segundo dados do fundo para o meio ambiente da Organização das Nações Unidas - ONU, o Brasil é o segundo maior produtor de lixo plástico do mundo, e detentor de um dos piores índices de reciclagem - algo em torno de apenas 1,4% do total produzido. Estes dados confirmam a dicotomia entre uma população instigada a consumir produtos descartáveis e a insuficiência de ações públicas e/ou privadas para estímulo da reciclagem. Urge a necessidade de ações preservacionistas imediatas.        Partindo da máxima "habilidades geram habilidades", defendida por James Hackman, ganhador do Prêmio Nobel de economia no ano 2000, iniciativas desenvolvidas por uma empresa brasileira, tais como criar esfregão a partir de redes de pesca encontradas nos oceanos, devem ser fomentadas pelo governo. Assim, podemos gerar soluções integradas entre preservação do meio ambiente e geração de empregos e renda, possibilitando tanto melhora nos índices de reciclagem como em qualidade de vida.       O consumismo é algo inextirpável, entretanto as ações de conscientização para redução do lixo produzido por cada brasileiro, devem ser dinâmicas tal qual são as necessidades de consumo criadas. O desenvolvimento de parcerias público privadas para estímulo da redução, reutilização e reciclagem de embalagens, como a implementação de uma escola que para manter-se financeiramente, o corpo discente entrega uma cota mensal de lixo para reciclagem parece ser o caminho para melhor educação, preservação do meio ambiente e redução do consumismo.