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Enviada em: 13/08/2019

O filme de animação “Wall-e”, criado pela Disney e Pixar, retrata uma questão de consumismo, superpopulação, esgotamento e poluição do meio ambiente e a produção excessiva de lixo desprezado abertamente na natureza. Já na realidade, as questões abordadas não se distinguem, pois o mundo está vivendo uma era de inovações tecnológicas associadas aos bens de consumo de necessidades básicas e com isso, consequentemente, o aumento da produção de dejetos. Nesse contexto, há dois pontos importantes que precisam ser avaliados: o consumo de bens obsoletos pela sociedade brasileira; e o lixo produzido e descartado inadequadamente resultante dessa obsolescência.   Em primeiro lugar, fazendo uma analogia ao filme “Wall-e”, pode-se observar que cada vez mais o homem está dependente da máquina. Aparelhos eletrônicos estão introduzidos ao cotidiano da sociedade consumista, é possível fazer compras, pagar boletos, chamar um transporte, tudo por aplicativos eletrônicos. Itens que antes era dispensáveis, atualmente passam a integrar a “cesta básica” do cidadão, como por exemplo o acesso à internet. As várias formas de créditos e crediários facilitando o poder de compra e a forma como o indivíduo é visto perante a comunidade de acordo com o que consome, são fatores que contribuem para o excedente consumo dos brasileiros.  Outro aspecto a ser abordado, é a produção de lixo consequente do consumo de bens não duráveis. Apesar de ser proibido por lei, no Brasil ainda é possível encontrar lixões a céu aberto e descarte inadequado de resíduos sólidos eletrônicos. Tornando-se prejudicial ao meio ambiente: fauna, flora e lógico, ao homem. Pois vários desses eletrônicos liberam metais pesados no solo, como mercúrio, chumbo e cádmio, o que resulta em danos ao sistema nervoso e problemas respiratórios, sem contam a degradação da biodiversidade essencial à vida.  Portanto, em todos esses problemas, é visível a importância da ação do Ministério do Meio Ambiente juntamente com o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) de empresas públicas e privadas, no que tange fiscalizar as empresas prestadoras de serviços como as de coleta de lixo, para onde vai e como é feito o processo de descarte. Bem como, a implementação de leis e punições mais rigorosas àqueles que atentam contra o meio ambiente com o descarte inadequado do lixo. Da mesma forma, a própria comunidade deve denunciar os casos de negligência perante ao resíduo solido/eletrônico jogados em locais impróprios, através de telefones disponibilizados pelo governo. Para que assim, um mundo coberto pelo lixo impossível de se habitar, fique apenas em animação como a de “Wall-e”.