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Enviada em: 24/06/2019

Na Baixa idade média, século XI até o século XV, ocorria na Europa o Renascimento comercial e Urbano, demarcando a ascensão dos polos intensivos de comércio e o declínio da autossuficiência agrícola dos feudos. Essa política de consumo que se estende até a era contemporânea tem como um de seus resultados a produção de lixo, que apesar de responsável por diversos problemas ecológicos ainda gera desinteresse, da população e do Estado, na ideia de manter um desenvolvimento sustentável.       Não é novidade que o lixo traz diversos problemas ao ambiente. Ora, o descarte de lixo em meio aquoso é responsável por eutrofização, consequentemente, morte dos animais aquáticos, em lixões, ocorre a produção de Metano por bactérias anaeróbicas, um gás tóxico e um dos responsáveis pelo aquecimento global, além disso, os resíduos também podem ser responsáveis por proliferação de patógenos ou intoxicação dos seres vivos por magnificação trófica. Devido essa ineficiência nos métodos comuns de descarte de lixo, por que ainda são usados em massa?       Em um segundo plano tem-se o desinteresse por parte da população e do Estado. De acordo com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos ( PNRS), somente 3% do lixo é aproveitado, sendo que 30% tinha potencial para reciclagem, o lixo orgânico, que compõe a maior parte da parcela não reciclável, poderia ser usado em biodigestores para produção de energia e adubo orgânico, reduzindo o risco de salinização do solo por compostos artificiais. Diante desses dados é possível constatar a falta de programas de reciclagem e reutilização de lixo e o desinteresse da comunidade em separar o lixo e usar os programas existentes.       A realidade apresentada e o fato de que quanto maior o nível de desenvolvimento de uma civilização, maior é a quantidade de lixo produzido, nota-se a necessidade de mudanças que colaborem para um desenvolvimento sustentável. Em primeiro lugar, é responsabilidade dos governos municipais a ampliação, em números e extenção, de programas de reciclagem e coleta seletiva, incentivos ao uso de reaproveitamento de matéria orgânica na agricultura por adubos orgânicos e investimentos em biodigestores. Além disso, é responsabilidade do Ministério da Educação e Cultura ( MEC) e das escolas, a implementação de programas permanentes na grade curricular, que visem a importância da reutilização, reciclagem e redução de lixo. Essas medidas, ao longo do tempo, serão responsáveis pela redução da quantidade descartada e não aproveitada de resíduos e consequentemente a manutenção de um desenvolvimento sustentável para as futuras gerações.